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A Chery anunciou nesta sexta-feira (11) o lançamento no Brasil de dois modelos no próximo ano. O primeiro a chegar, em março, será o QQ nacionalizado, que será seguido no 2º semestre pelo novo Tiggo 5, versão maior do crossover vendido atualmente no mercado nacional. Ambos serão produzidos na fábrica da empresa em Jacareí (SP)

Com tamanho e preços semelhante ao Volkswagen UP, o QQ não terá modificações em relação ao carro importado da China, vendido desde abril no mercado brasileiro. O hatch é oferecido apenas com um motor 1.0 de três cilindros de 69 cv.

Já o novo Tiggo 5 tem porte de crossover médio (4,506 mm de comprimento e entre-eixos de 2,610 mm) e ficará posicionado na linha acima do Tiggo atual (conhecido no exterior como Tiggo 3). No exterior, o modelo está equipado com o mesmo motor 2.0 do Tiggo 3, mas com a opção de uma caixa automática CVT, além da caixa manual de cinco marchas.

Com estes lançamentos, a fabricante chinesa espera atingir em 2016 a marca de 8 mil veículos vendidos no País

BALANÇO

Não foi somente a turbulência do mercado nacional que prejudicou a operação brasileira da Chery. Afetada por greves e danificada por um raio, a planta industrial de Jacareí (SP) fabricou apenas 5 mil carros neste ano. Número que corresponde a 10% da capacidade anual de produção da unidade.

“É o preço que a Chery paga pelo pioneirismo. Para se adaptar a um mercado tão complexo como o Brasil. É a nossa curva de aprendizado”, avaliou Luis Curi, vice-presidente da Chery Brasil.

Para Curi, a operação da marca chinesa no Brasil é um projeto de longo prazo. E a Chery brasileira começa a trabalhar para expandir sua atuação em outros mercados latinos. Para isso, a montadora negocia a exportação do Celer “Made in Brazil” para a Argentina, Uruguai, Colômbia, Peru e Venezuela, mercados tradicionalmente mais abertos aos carros chineses.

De olho no crescimento do mercado nacional de crossovers compactos, a fabricante chinesa anunciou ainda que tem planos para o Tiggo 1 (modelo aventureiro baseado no Celer) e o Tiggo 3 atual remodelado.

A previsão inicial é que um deles (ou ambos) chegue ao mercado brasileiro em 2017. Mas este cronograma (assim como a possibilidade de produção nacional dos dois carros) pode mudar. Tudo vai depender do desempenho do mercado no próximo ano.