Se estivéssemos na Europa, o Polo seria um sedã compacto de entrada. Mas, em um mercado em que Siena, Fiesta, e cia. estão atrasados com relação ao que se vende lá fora, o Polo é um sedã compacto “premium”.

Fazer o Polo brasileiro idêntico ao europeu, como acontece hoje, é admirável, mas acabou transformando-o em um carro de nicho. Custa mais que os compactos de mesmo porte – e encosta em sedãs médios como o novo Focus e Vectra em suas versões de entrada. Estes médios oferecem menos itens de conforto que o Polo avaliado, mas têm mais espaço e motores mais potentes.

Mesmo com esta nova versão, agora flex, do Comfortline – que teve seu preço baixado em cerca de R$ 3 mil (além de vir com mais itens de série), o Polo é caro – e o consumidor acaba preferindo um médio, mesmo que seja mais “pelado” ou que tenha que pagar mais por ele.

Acabamento bom, dirigibilidade excepcional, ótimo desempenho (acelera de zero a 100 km/h em menos de dez segundos e ultrapassa os 200 km/h), boa posição de dirigir, suspensão muito boa, câmbio com engates curtos e precisos, ar digital, computador de bordo, CD com Bluetooth… tudo isso não é suficiente se custa o mesmo que carros maiores.

Tanto é verdade que, quando o novo Polo desenhado por Walter De’Silva for exibido no ano que vem, não adianta se empolgar. Segundo fontes da VW alemã, o novo modelo será só para “países desenvolvidos”. Nós teremos um novo Polo especialmente para nossos mercados – que sairá das linhas de montagem, pelo menos na Índia, no começo de 2010…

POLO SEDAN R$ 56.490