Poucos carros exercem tanto fascínio como o Subaru WRX. Você o compreende somente depois de guiá-lo. E não estou exagerando. Toda essa individualidade eclode na forma de desempenho, equilíbrio e muita esportividade. As letras WRX, que significam World Rally Experimental, exprimem sua essência. O nipônico foi aprimorado nesta nova geração e o motor continua sendo boxer (cilindros contrapostos) com turbo e intercooler (resfriador de ar), mas agora o 2.0 usa injeção direta de combustível, com direto a 268 cv de potência e torque de 35,7 kgfm entre 2.000 e 5.200 rpm.

O sistema trabalha com 1,0 bar de pressão do turbo. O temperamento do WRX se transforma a partir das 2.500 rpm e, à medida que o giro do motor cresce, um ronco encorpado invade a cabine mexendo com os sentidos do motorista. Sim, o WRX é instigante e provocativo. Muitos podem achar que a transmissão CVT (continuamente variável) seja um contrassenso num carro desses. Porém, a caixa Sport Lineartronic é exclusiva do WRX, com seis marchas, se transformando em oito ao acionar o modo Sport Sharp, que torna a condução mais radical.


O interior continua sem ousadias e traz um sistema de som simples demais para seu valor. O display no centro do painel é multifuncional, e pode mostrar, entre outras coisas, a pressão do turbo

Além dele, o Subaru oferece também os modos Intelligent (favorece consumo e emissão de poluentes) e Sport (meio-termo entre esportivo e ecologicamente correto). Todos eles, quando acionados, mudam parâmetros como mapeamento do motor, tempo de trocas de marchas, curso do acelerador e caixa de direção. A dirigibilidade do WRX é cirúrgica, graças à tração integral Symmetrical All-Wheel Drive (S-AWD). O esportivo é “colado” no chão, mesmo quando entramos rápido demais nas curvas ou tentamos mudar rapidamente sua trajetória.

Em conjunto com a tração há o sistema de Distribuição Variável do Torque, que otimiza a quantidade de força enviada para cada roda, dependendo do estilo de condução e dos dados coletados pelos sensores do ângulo de esterço do volante, força de aceleração lateral e de giro vertical. Já o Vetoreamento Ativo do Torque (Active Torque Vectoring) é outro recurso que funciona como um sistema de controle direcional aplicando uma força no freio da roda dianteira interna para diminuir as saídas de frente.

Além disso tudo, o WRX ainda conta com três modos do controle de estabilidade: Normal, Traction e desligado. Os freios usam discos de 17” com pinças de dois pistões na frente e atrás. Por dentro, a posição de dirigir é irretocável e o acabamento, minimalista. Comparado ao modelo antecessor, o WRX cresceu 25 mm no comprimento e o porta-malas aumentou de 320 para 340 litros. Como dissemos, só dirigindo um WRX para entendê-lo. Sem dúvida, a dirigibilidade sempre foi e sempre será o ponto alto de um Subaru. É diversão garantida por R$ 147.900.

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WRX STI, o irmão mais raivoso

Quem quiser mais poderio mecânico pode escolher o WRX STI (R$ 194.900). Sob o capô, traz motor boxer, como o WRX, mas 2.5 de 305 cv e 40 kgfm. As rodas são forjadas e podem ser douradas. Elas deixam à mostra os freios Brembo com pinças de quatro pistões na dianteira e dois atrás. O câmbio é manual de seis marchas com engates ultraprecisos e curso de alavanca mínimo. Futuramente o STI poderá oferecer câmbio automático, assim como o WRX poderá ter o manual.

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Ficha técnica:

Subaru WRX 2.0 Turbo

Motor: 4 cilindros boxer (contrapostos), 16V, turbo
Cilindrada: 1998 cm3
Combustível: gasolina
Potência: 268 cv a 5.600 rpm
Torque: 35,7 kgfm de 2.400 a 5.200 rpm
Câmbio: CVT, oito marchas
Tração: integral
Direção: elétrica
Dimensões: 4,595 m (c), 1,795 m (l), 1,475 m (a)
Entre-eixos: 2,650 m
Pneus: 245/40 R18
Porta-malas: 340 litros
Tanque: 60 litros
Peso: 1.529 kg 0-100 km/h: 6s3
Velocidade máxima: 240 km/h
Consumo: não divulgado
Nota do Inmetro: não participa