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A Renault lançou mundialmente em Curitiba seu novo motor 3 cilindros. O bloco 1.0 SCe (Smart Control efficiency) equipará o Sandero e o Logan (veja aqui os detalhes). E já tivemos a oportunidade de dirigir o Sandero 1.0 SCe na versão Expression Série Especial, que custa R$ 44.950.

A potência subiu de 77 para 79 cv com gasolina e de 80 para 82 cv com etanol, porém num regime de giros um pouco mais alto (6.300 rpm contra as anteriores 5.750 rpm). Não houve mudança nos valores do torque (10,2 kgfm com gasolina e 10,5 com etanol), mas o aproveitamento da força do motor surge bem antes, a 3.500 rpm (antes eram 4.250). Os engenheiros da Renault afirmam que 90% do torque já está disponível a 2.000 giros.

Foram apenas algumas dezenas de quilômetros ao volante do Sandero 1.0 SCe. E outro tanto como passageiro. No rápido test drive em Curitiba — passando pelo famoso bairro de Santa Felicidade, pelo Parque Barigui e por um pequeno trecho da Rodovia do Café, que liga a capital ao norte do Paraná –, pudemos sentir que o motor 3 cilindros fez bem ao Sandero de entrada. Com o antigo motor 4 cilindros, o Sandero 1.0 tinha certa dificuldade nas arrancadas e isso acabava levando a um consumo excessivo de combustível. Agora, não. Nem tanto pela potência aumentada, mas principalmente pelo ganho de torque em baixas rotações, o carro se tornou mais ágil na cidade.

Não que o Sandero 1.0 SCe tenha se tornado melhor que seus concorrentes. Mas as melhorias mecânicas o colocaram no mesmo patamar dos rivais. Assim, o Renault tornou-se uma opção interessante, considerando seu espaço interno superior ao de alguns rivais, e a capacidade do porta-malas, por exemplo (320 litros). O motorzinho tricilíndrico grita mais que o anterior, mas não chega a incomodar. Tampouco notamos vibrações que esse tipo de motor costuma causar quando o carro não está bem acertado. 

Dois novos elementos mecânicos desse Sandero também merecem destaque. Um é o câmbio manual de cinco marchas, que abandonou as varetas e passou a ter acionamento por cabos. As mudanças ficaram mais justas e precisas. O outro é a direção eletro-hidráulica, que deixou o volante muito mais leve. Por questões de custos, a Renault optou por não introduzir uma assistência totalmente elétrica, mas o sistema eletro-hidráulica já proporcionou um bom ganho para um carro que tinha a direção um tanto pesada para os padrões atuais.

Durante o test drive também pudemos observar que o navegador por GPS, embora seja amigável, tem uma certa imprecisão. Mesmo rodando devagar, o comando de voz está sempre uns 50 metros atrasado na informação, o que me levou a errar o caminho duas vezes, antes de me acostumar com esse detalhe.

Segundo a Renault, o novo motor SCe transformou o Sandero no hatch 1.0 mais econômico da categoria. Com o antigo bloco 16V, o Sandero fazia 11,9 km/l de gasolina na cidade; agora, com o novo 12V, sua autonomia urbano é de 14,2 km/l. Os dados são do Inmetro. Para além de conseguir uma redução de 19% no consumo de combustível, o Sandero 1.0 também se tornou mais ágil. Graças às novas tecnologias, o Sandero 1.0 SCe é mais econômico na cidade do que na estrada. Sua autonomia rodoviária é de 14,1 km/l com gasolina e de 9,6 km/l com etanol.

FICHA TÉCNICA
Renault Sandero 1.0 12V SCe
Preço básico:
 R$ 42.400
Preço básico:
 R$ 44.950
Motor: 3 cilindros em linha 1.0, 12V, start-stop
Cilindrada: 999 cm3
Combustível: flex
Potência: 79 cv a 6.300 rpm  (g) e 82 cv a 6.300 rpm (e)
Torque: 10,2 kgfm a 3.500 rpm (g) e 10,5 kgfm a 3.500 rpm (e)
Câmbio: manual, cinco marchas
Direção: eletro-hidráulica
Suspensões: McPherson (d) eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,060 m (c), 1,733 m (l), 1,536 m (a)
Entre-eixos: 2,590 m
Pneus: 185/65 R15
Porta-malas: 320 litros
Tanque: 50 litros
Peso: 1.011 kg
0-100 km/h: 13s1 (g) e 13s0 (e)
Velocidade máxima: 160 km/h (g) e 163 km/h (e)
Consumo cidade: 14,2 km/l (g)  9,5 km/l (e)
Consumo estrada: 14,1 km/l (g) e 9,6 km/l (e)
Emissão de CO2: 93 g/km
Nota do Inmetro: A
Classificação na categoria: A (Compacto)