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Há tempos desejo comprar um carro de lazer. Já procurei diversos modelos, mas, recentemente encontrei a minha “menina dos olhos”: um Mercedes-Benz 190 E 2.3-16 (série W201). Porquê? Ayrton Senna pilotou um desses na Corrida dos Campeões de Nürburgring de 1984. Nessa disputa fantástica participaram 20 estrelas do automobilismo, como Jack Brabham, John Surtess, Keke Rosberg, Niki Lauda, James Hunt, Phill Hill, Alain Prost, Carlos Reutemann, entre outros grandes nomes. Senna terminou em primeiro e foi seguido por Niki Lauda e Carlos Reutemann. E tem mais um motivo para se ter um 190 E 2.3-16.  

O “Baby Benz”, como ficou conhecido, também foi o recordista do circuito de Nardò, no sul da Itália, com quebra de recordes de velocidade com médias de 247.939 km/h, cobrindo uma distância de 50.000 quilômetros em 201 horas, 39 minutos e 43 segundos.

O 190 E 2.3-16 foi apresentado em 1983 durante o Salão de Frankfurt, na Alemanha. Sob o capô, o motor quatro cilindros 2.3 16V (desenvolvido a partir do bloco usado pelo modelo 230 E) tem duplo comando de válvulas e o cabeçote preparado pela inglesa Cosworth. A letra “E” no nome significa que o carro tem injeção eletrônica. São 185 cv de potência, que permitem ao “Baby Benz” acelerar de 0-100 km/h em 7,5 segundos e atingir 230 km/h de velocidade máxima.    

O câmbio manual do fabricante Getrag tem cinco marchas e a primeira é invertida (para trás). Também foi oferecida uma transmissão automática de quatro velocidades.  Além do desempenho empolgante, o 190 E 2.3-16 tinha um visual apimentado, com o aerofólio na tampa do porta-malas, as rodas de liga leve aro 15 e apêndices aerodinâmicos.