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O Citroën Aircross, o aventureiro urbano da marca, já está disponível em sua linha 2018. E traz como sua maior novidade um novo câmbio automático de 6 marchas, que substitui o antigo automático de 4 marchas. Sem dúvidas, um avanço. Ficou muito bom o casamento desse novo câmbio automático com o bom motor 1.6 flex de 122cv, que se destaca pelo bom torque máximo de 16,4 kgfm, que começa a ser expressivo desde os baixos regimes de rotações. Com o novo câmbio, o torque abundante do motor está sempre disponível em respostas rápidas ao comando do acelerador.

Tive a oportunidade de avaliar a versão top de linha do Aircross, a Shine. Essa versão de cerca de R$76 mil tem como equipamentos de série desde câmera para auxiliar as manobras e, é claro, todos os equipamentos e mimos que o consumidor de carros desse naipe exige: ar-condicionado, travas e retrovisores elétricos, direção elétrica, sistema multimídia com navegador e sistema de áudio de boa qualidade. Uma tela de 7 polegadas sensível ao toque permite o comando do kit multimídia.

O Citroën Aircross pode ser considerado como um SUV civilizado. Um dos pontos positivos do carro é sua ótima posição de dirigir: entrar e sair do carro é muito fácil, pois não é necessário abaixar ou ter que escalar degraus para chegar ao posto de comando. A posição privilegiada permite ao motorista uma visão muito boa de tudo que acontece ao redor do carro. Muito legal. O espaço entre os bancos é bom e principalmente para as pernas de quem vai no banco traseiro. Esse bom espaço interno é complementado por um honesto porta-malas de pouco mais de 400 litros, suficiente para a bagagem de 4 pessoas em uma viagem de final de semana.

Não imagine que o Aircross vai te permitir arrojadas aventuras off-road. Sua limitação técnica da tração dianteira e suspensões mais altas é suficiente apenas para rodagens em estradas sem pavimentos, mas sem muitos buracos e lama. Em estradas de sítios e fazendas, ele vai muito bem. Mas esqueça o fora de estrada. É importante lembrar, que as suspensões do Aircross 2018 mostraram-se confortáveis e permitem que as rodas desenhem muito bem as irregularidades do piso, não transmitindo esse desconforto ao motorista e passageiros. Principalmente nas valetas e lombadas dos grandes centros urbanos, o aventureiro da Citroën saiu-se bem.

Se você achou que os cerca de R$76 mil um preço muito caro para versão Shine, ou você não dispõe de todo esse recurso, há ainda a versão Live, equipada com o mesmo motor 1.6 e câmbio de 6 marchas, um pouco mais modesto no pacote de equipamentos, mas que pode ser adquirido por pouco mais de R$67 mil. Uma ajuda boa para quem gostou do carro e do desempenho de sua mecânica, mas não está preparado para o custo da versão completa. Um modelo a ser considerado nesse segmento.