Antes de chegar à versão de produção, um carro é submetido a uma série de avaliações e uma extensa jornada de testes de rodagem. Tudo para garantir a qualidade do produto
exigida tanto pelo fabricante quanto pelos consumidores. MOTOR SHOW teve a oportunidade de dirigir por mais de 300 quilômetros a versão pré-série do Peugeot 2008, o novo crossover
do fabricante, que chega no segundo trimestre do próximo ano. 

Na Missão Japurá – nome de um rio com 2.100 quilômetros de extensão – enfrentamos diferentes condições de rodagem para opinar a respeito do 2008. Por serem carros pré-série em fase  
final de acerto, ainda não sabemos quais serão as versões disponíveis tampouco as con gurações de equipamentos e os preços. É certo que o crossover use motores 1.6 ex de até 122 cv de potência utilizando etanol ou 1.6 turbo THP Flex de 173 cv abastecido com o combustível vegetal – esse propulsor acaba de estrear no sedã Citroën C4 Lounge. O câmbio é manual de cinco ou de seis marchas, respectivamente.

Essas unidades pré-série – as primeiras estampadas na fábrica de Porto Real – traziam, entre elas, diferenças de calibração. Uma coisa é certa: o 1.6 turbo THP, acima das 2.000 rpm, transmite uma elevada dose de diversão ao volante e um comportamento esportivo. Esse propulsor oferece 173 cv de potência com etanol e o câmbio manual de seis marchas (o mesmo do Citroën DS3) tem engates justos e precisos – especialmente, da quinta para a sexta marcha. 

Já quem não faz questão de um desempenho emocionante pode optar pela versão 1.6 de até 122 cv de potência (abastecida com etanol). Esse motor responde bem desde rotações baixas, fazendo o modelo andar com desenvoltura. A transmissão manual de cinco marchas (a mesma do 208) sabe aproveitar a potência enviada pelo motor. Além disso, o curso da alavanca de câmbio é menor comparado ao do 208. A Peugeot ainda não con rma, mas haverá uma opção automática, e é evidente que seja a mesma já utilizada por outros modelos, como, por exemplo, no 3008.

Sem dúvida, esse é o melhor acerto de suspensão já feito pela Peugeot. O elogio vale para ambas as versões 1.6 (aspirada e turbo THP). O conjunto ltra e absorve com e ciência as imperfeições do asfalto, além de não deixar a carroceria rolar nas curvas. O 2008 tem uma dirigibilidade e uma dinâmica bem próximas à de um hatch médio. As suspensões também não fazem feio em trechos do fora de estrada. E para os consumidores que pegam trechos offroad no nal de semana, o 2008 em suas versões de topo terá um seletor giratório no console central para escolher entre os modos de condução (terra, asfalto, neve, areia, por exemplo). Contudo, ainda não sabemos se haverá uma versão com tração nas quatro rodas. 

Se pelo lado mecânico, o Peugeot 2008 agrada, por dentro a cabine esbanja estilo e ergonomia. Muitos elogios para a posição de dirigir, os assentos com generosas abas laterais, a visibilidade e o acabamento. O teto solar panorâmico (nas versões THP) também coopera na amplitude interna. Já quem viaja atrás encontra um bom espaço para as pernas, ombros e cabeça. Lembre-se, as unidades, que avaliamos eram versões pré-série, mas o Peugeot 2008 tem atributos e características para enfrentar a futura concorrência futura do Honda HR-V e do Jeep Renegade.