MÉGANE COUPÉ CABRIOLET R$ 124.890

Com uma curva ascendente de vendas, graças principalmente aos novos Logan e Sandero, a Renault vem surpreendendo o mercado. Com a ofensiva de produtos, aos poucos vai ultrapassando as concorrentes. Mas não só de carros baratos vive uma marca – a imagem que ela transmite com os modelos mais caros também é importante. E é aí que entra o novo Mégane Coupé Cabriolet.

Já nas lojas, o novo cupê-conversível importado da França chega com um plano ousado: atrair 250 consumidores por ano. Seu principal concorrente, o também francês Peugeot 307 CC, teve 88 unidades vendidas no ano passado.

O principal charme deste novo Mégane não se é transformar em um conversível (em 22 segundos), mas sim, mesmo com a capota fechada, no “modo cupê”, oferecer uma bela vista do céu. Isso porque o teto é todo em vidro, como no VW Eos, que também chega ao Brasil em breve. Se o sol estiver forte demais, uma “telinha” protege do sol, evitando que passageiros fiquem, literalmente, de cabeça quente.

No mais, ele é um Mégane top de linha: ABS, sensores de chuva e escuridão, regulador e limitador de velocidade etc. Mas ainda conta com alguns extras que o modelo nacional não tem: ar-condicionado digital, disqueteira para seis CDs com MP3, bancos em couro, sensor de estacionamento, retrovisor rebatível eletricamente e seis airbags.

O painel é quase igual ao do Mégane nacional, mas com ar-condicionado digital. À direita, o teto de vidro e a alavanca de câmbio de gosto duvidoso, que destoa da beleza do carro

À esquerda, a transformação do cupê em conversível. À direita, o display remoto do rádio, que, diferentemente da versão avaliada, virá com disqueteira para seis CDs, e os mostradores claros, sóbrios e de boa leitura

O conjunto motor-câmbio é o mesmo do modelo nacional (a maior parte das peças básicas é compartilhada, ou seja, é um importado com custo de manutenção de nacional). O motor é moderno e tem boa potência e torque, mas o câmbio automático de quatro marchas, apesar do conforto, às vezes não se entende bem com o motor. Passando para o modo seqüencial, a situação melhora um pouco, mas uma quinta marcha cairia bem.

A posição de dirigir é ótima: mais baixa que no sedã, dentro da proposta esportiva do carro, e as regulagens de altura e profundidade do volante deixam confortáveis motoristas de qualquer tamanho. Mas rodar com quatro adultos, por outro lado, é possível – embora não recomendado – pois tudo fica um pouco apertado demais.