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A apresentação do Gol GT concept no Salão de São Paulo causou muita polêmica. Se esse seria um simples estudo do design da Volkswagen do Brasil, ou se o conceito era um balão de ensaio da marca para ver a reação do consumidor diante da volta do esportivo da linha Gol. Por isso, acionei os meus informantes de dentro da fábrica para saber qual seria a resposta correta. E quem leu a minha última postagem neste blog pôde saber para onde caminharam minhas investigações: o carro foi, na realidade, o tal balão de ensaio para testar a reação do público para a volta do Gol GTI ao mercado nacional.

Um ícone que deixou saudades em todos aqueles que gostam de carros esportivos, até mesmo nos fãs de outras marcas, mas que reverenciavam com respeito o Gol acompanhado da sigla GTI. Quem esteve no Bubble Gun Treffen 2016 (BGT 8) viu e ouviu, comigo, a confirmação de que o conceito Gol GT apresentado no Salão ganhará mesmo as ruas provavelmente no final de 2017 ou início de 2018. Na apresentação do carro no evento, voltado aos fãs dos carros e marcas do Grupo Volkswagen, José Carlos Pavone, o atual chefe de design da filial brasileira, afirmou em alto e bom tom: “Para aqueles que querem ver este carro nas ruas, tomem cuidado. Pois  é a única referência que nós temos”.

Ficou muito evidente que o que afirmei no meu post anterior foi confirmado pela própria marca. É claro que o Gol GTI (Deixou de ser GT e passou a ser GTI quando foi o primeiro carro brasileiro com injeção eletrônica de combustível) será um carro normal de série. Pavone não deu sequer nenhuma dica da mecânica, só afirmando: “Nós respondemos pelo design, mas é a engenharia que vai decidir sobre a configuração mecânica do esportivo”.

Mas, reafirmo o que já informei: na mecânica, o novo Gol GTI utilizará o powertrain que foi apresentado há pouco tempo no Golf nacional: motor 1.0 de 3 cilindros que produz saudáveis 125 cv, casado a um câmbio manual de seis marchas.

E que a baixa cilindrada não te engane. Além da potência ser a mesma do GTI de 1988, o novo Gol esportivo tem ainda mais torque que o original. São 20,4 kgfm ante os 19,5 kgfm do velho GTI. Méritos de tecnologias com o turbo, injeção direta de combustível e o duplo comando de válvulas variáveis no cabeçote.

Já falei, mas reitero sua performance prevista: De 0 a 100 km/h na casa dos 8 segundos, velocidade máxima de aproximadamente 210 km/h e um consumo de combustível que deverá deixar boquiaberto os fãs de esportivos, chegando aos 18 km/l na estrada e perto dos 12 km/l na cidade, com gasolina. Com essa configuração mecânica e com a altíssima tecnologia construtiva do seu powertrain, o novo Gol GTI conseguirá, de maneira brilhante, conciliar uma performance empolgante com um consumo de combustível que empolgará até os mais pão duro dos proprietários. Um show!

A definição das formas finais e reais do novo Gol GTI, só conheceremos mesmo no final de 2017 ou início de 2018. O carro conceito mostrado no Salão foi só uma referência de como deverá ser o carro definitivo. Mas ele é, sem dúvidas, um ótimo ponto de partida. Não espere do carro de produção normal a altura tão baixa do solo, nem tampouco as rodas de grande diâmetro, que no carro de produção serão no máximo de 16 polegadas, com pneus de perfil mais baixo.

As luzes diurnas de LED, uma tendência mundial, deverão ser viabilizadas com para-choques semelhantes aos do carro-conceito. Esqueça as fitas florescentes vermelhas que contornam os para-choques e saias laterais, indo rumo aos faróis. Agora, o break-light de LED sob o aerofólio é algo bastante viável para os dias de hoje. As lanternas fumê remetem ao primeiro GTI de 1988. No interior, o carro é bem próximo ao carro de produção normal, exceção feita aos bancos, muito esportivos para a utilização diária. Agora, é sentar e aguardar o que a Volkswagen vai apresentar para os 30 anos do Gol GTI.