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Com o nível de tecnologia embarcada nos carros, uma peça se transformou: o volante. Ele continua redondo (alguns tem a base achatada, é verdade!) e ainda esterçam as rodas. Só que, dependendo do modelo, é um (verdadeiro) quebra-cabeça entender o que cada botão ou tecla faz – até para nós jornalistas especializados. Antes existiam só comandos de áudio e de telefone. Botões para o piloto automático adaptativo (regula e mantém uma distância segura do veículo à frente) e de seleção de modos, como no Hyundai Santa Fe, vieram depois. Ora, é um volante ou um joystick de PlayStation 4 para ter tanta tecla? Até no mundo das motocicletas o guidão evoluiu – o da Ducati Multistrada, por exemplo, é cheio de comandos, entre eles um seletor de modo de condução (sport, touring, urban e enduro).  

Voltando aos automóveis, vale tudo para oferecer segurança e comodidade para o motorista manter os olhos na estrada. Não queremos regressar no tempo e comandar os carros novamente por alavancas, como era no Benz Patent-Motorwagen de 1886. Não serei tão radical, mas deixarei uma indagação: se no Alfa Romeo 4C Spider, por exemplo, o volante é “liso” e convencional, qual é o motivo dos carros “comuns” possuírem tantas teclas?  

Sejam eles cheios de botões ou sem nenhum, os volantes podem estar com os dias contados com os carros autônomos se tornando mais próximos da realidade. Mais que isso, no passado alguns fabricantes até pensaram em formas curiosas de acabar com ele. O Pontiac Firebird III 1958 adotava um sistema controlado por uma única alavanca, enquanto o Firebird IV utilizava um controle para cada mão do motorista. Outro método igualmente inusitado foi empregado no experimental Chyrsler 300X 1966. Em vez de alavancas ou comandos individuais, ele trazia dois controles que permitiam movimentos em um ângulo de 60 graus, além de poderem ser recolhidos quando o carro estava estacionado. Os volantes vão mesmo desaparecer? Isso só o tempo dirá, mas que eles continuam cheio de botãozinhos…isso é fato!