Pode acontecer nas melhores famílias, mas algumas coisas não mudam (ou nunca mudaram) nos carros. E lá está ele, o quase sempre esquecido relógio. Às vezes, ele está presente no quadro de instrumentos e, às vezes, no painel. Antigamente, esse apetrecho até ajudava o motorista e os passageiros – quem não lembra da prática posição superior do relógio do Ford Del Rey?  Entretanto, hoje vivemos num tempo moderno das facilidades dos smartphones e dos smartwatches. Então, para que ter um relógio no carro?

Os únicos carros a merecerem um marcador de horas – em minha opinião – são os da marca Mercedes-Benz (fabricante IWC) e Bentley (Breitling), por exemplo. Eu explico. São relógios de renomados fabricantes de luxo e eles até ajudam a compor o requinte do interior desses carros. Agora, o que não dá para entender são as marcas mais “acessíveis” ainda persistirem nesse apetrecho – e do jeito mais obsoleto possível.

Não vou citar nomes, mas tem gente por aí vendendo sedã médio de quase R$ 90.000 que não traz controle de estabilidade, mas em compensação tem o cazzo do reloginho no painel – e digital, igual aqueles vendidos por camelôs da 25 de março. Aliás, eles sabem vender picape de mais de R$ 120.000 sem vidros elétricos, mas, advinhe: com o marcador de horas digital. Não seria a hora de repensar as coisas um pouco mais?