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A Ford celebra neste mês de julho os 35 anos do lançamento do primeiro Escort XR3 no mercado europeu. O carro, que seria apresentado no Brasil em 1983, se tornou um dos objetos de desejos da marca no País até meados dos anos 1990.

O nome XR3 vem de “Experimental Research 3” (Pesquisa Experimental 3, em português) e era compartilhado com as versões esportivas de outros modelos da gama europeia da Ford: o Fiesta, por exemplo, tinha uma configuração XR2 e o médio Sierra tinha a versão XR4.

O carro vendido na Europa era oferecido inicialmente com um motor 1.6 de 98 cv, que era diferente do usado no carro brasileiro, e tinha a opção de carroceria conversível ou notchback. O mesmo propulsor, equipado com um sistema de injeção eletrônica FIC a partir do Escort de quarta geração (1986 a 1992), desenvolvia 110 cv. O Escort XR3 europeu foi descontinuado em 1994, quando já era equipado com o mesmo motor 1.8 Zetec que seria oferecido no Escort argentino vendido no Brasil.

NO BRASIL

Apesar do visual idêntico ao do carro europeu, o XR3 brasileiro foi lançado com uma versão ligeiramente preparada do veterano motor 1.6 CHT, desenvolvido a partir do bloco herdado dos Renault Dauphine/Gordini e usado nos modelos Corcel e Del Rey, e que no esportivo despejava inicialmente 82,9 cv . Em 1987, o modelo ganhou uma nova geração, idêntica à lançada na Europa no ano anterior. Mas um motor mais potente iria aparecer só em 1989, já nos tempos da Autolatina, quando o esportivo ganhou o propulsor 1.8 S de 99 cv que era usado no Volkswagen Gol GTS.

O último XR3 brasileiro foi lançado em 1992, já com uma nova carroceria (idêntica a da quinta geração europeia). Mais uma vez, o propulsor era exclusivo do mercado brasileiro: o 2.0 de 115 cv com injeção eletrônica e que era o mesmo empregado no Volkswagen Gol GTI. O XR3 seguiu em produção até 1996, quando perdeu detalhes de acabamento exclusivos e mudou de nome para Escort Racer, porém mantendo a mecânica do XR3. O fim definitivo veio em 1997, com a importação do Escort argentino e o lançamento do esportivado RS, que compartilhava o mesmo motor Zetec dos carros ‘normais’.