No estande da Honda, apesar de o CR-V reestilizado e o Civic Si serem os maiores sonhos de consumo, eles certamente não chamam tanta a atenção quanto o SUV compacto HR-V (cujo projeto, nome e possibilidade de fabricação nacional foram adiantados pela MOTOR SHOW, com exclusividade, em março de 2012). Quando chegar às concessionárias, em março de 2015, esse HR-V fabricado no Brasil vai focar principalmente o “vazio” de mercado que separa as versões topo de linha do Ford EcoSport & cia. e a categoria superior – que inclui o Mitsubishi
ASX, o Fiat Freemont e o próprio Honda CR-V, entre outros modelos na faixa acima de R$ 90.000. Um vazio que, com a chegada quase concomitante do Jeep Renegade e do Peugeot 2008 – e que já tem o Chevrolet Tracker –, não será mais tão vazio assim.

Na realidade, mesmo sendo concorrente direto do EcoSport, como a Honda costuma aproveitar sua boa imagem para praticar preços acima da média, está reforçando o bom acabamento e o espaço interno desse jipinho urbano para justi car seu posicionamento. De fato, o acabamento (da versão japonesa, pelo menos) é re nado e seu aproveitamento do espaço interno é muito bom, graças à plataforma compartilhada com Fit e City – com tanque de combustível debaixo do banco do motorista, liberando espaço atrás. Diferentemente do SUV japonês (chamado lá de Vezel), que tem  motor 1.5 com injeção direta, nosso HR-V tem o 1.8 ex do Civic, com 140 cv, mas associado à transmissão CVT já usada nos companheiros de plataforma (e que, como no City, terá borboletas no volante para trocas sequenciais). A tração é sempre dianteira, o que mostra que, apesar da imagem de jipinho, não tem pretensão aventureira. Como o carro do Salão “não tem” interior (está fechado e com vidros escuros), mostramos alguns detalhes do modelo japonês. O nacional não deve ter grandes diferenças – e, esperamos, vai manter a qualidade de acabamento.