Jeep Renegade disputa com o Honda HR-V (leia mais na página 40) o título de lançamento mais importante do Salão do Automóvel – afi nal, ele é o primeiro, principal e mais vital produto a ser produzido na fábrica que a Fiat Chrysler Automobiles está para inaugurar na cidade de Goiana, PE. Mais que isso: é um produto global e atual, a grande aposta para a expansão da marca Jeep em todo o planeta. No Brasil, começa a ser vendido no segundo trimestre do ano que vem, muito provavelmente em abril. A princípio, terá aqui duas opções de motor, duas de tração e três de câmbio. As versões com motor 1.8 e.TorQ fl ex de 132 cv (aprimorado para render mais alguns cavalos) devem partir de R$ 70.000 e virão com câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis, e sempre com tração dianteira.

Já o Trailhawk, verdadeiro off-road, deve beirar os R$ 100.000 e honrará a tradição da marca com tração 4×4 de última geração e motor a diesel MultiJet 2.0 (170 cv) e a mesma transmissão automática de nove marchas do irmão Jeep Cherokee. 

Em um primeiro contato com o novíssimo SUV, nossos colegas da italiana Quattroruote se decepcionaram um pouco com a maciez das suspensões e com a direção pouco sensível e
muito leve, excessivamente urbana. Por outro lado, elogiaram a cabine bastante aconchegante e bem-acabada, mesmo na confi guração de entrada. Na topo de linha Trailhawk, gostaram
da tração 4WD com seletor do tipo de terreno, do desenho diferente dos para-choques (que aumenta os ângulos de ataque e saída) e dos pneus “lameiros”. Elogiaram também o propulsor
a diesel, bastante forte e econômico, além das opções de bloqueio do diferencial traseiro e de reduzida. Embora não seja uma reduzida “de verdade”, garante, na primeira marcha, uma relação curta, de 20:1 – justamente o que possibilita a adequação à nossa legislação para a venda da versão a diesel. A conclusão deles é clara: “Nessa versão, o ‘bebê Jeep’ não tem medo de nada”. 

Com um design mais quadradão, que remete aos clássicos Jeep Willys e Wrangler, o Renegade deve roubar clientes das versões mais caras tanto do Ford EcoSport – que ficou mais urbano nessa última geração – quanto do Renault Duster, hoje única opção na faixa abaixo dos R$ 80.000 para quem busca um modelo que remeta bem mais ao off-road, mesmo que apenas visualmente, do que às selvas de pedra.