Preparar carros que conciliem bom desempenho com dirigibilidade prazerosa é o lema de Bruno Herrera, proprietário da oficina Herrera Motors. Ele é um dos mais renomados preparadores do Brasil, já ganhou diversas competições de arrancada e agora tem um novo conceito de trabalho: preparar carros que sejam viáveis para o uso diário. “O veículo tem que sair da oficina redondinho para que o cliente usufrua do meu serviço”, afirma Herrera.

Apesar de ser formado em Letras, com especialização em alemão, Bruno trabalha há mais de 20 anos no ramo automobilístico e confessa que, apesar da faculdade, seu sonho sempre foi mexer com mecânica. Iniciou sua carreira muito jovem limpando peças e se considera um profissional de sorte por ter tido oportunidade de trabalhar com grandes mecânicos e pessoas importantes do cenário nacional. Uma dessas feras do segmento foi Chico Landi, seu principal mentor. Durante a entrevista não foram poucas as vezes em que o veterano foi lembrado por Bruno.

Sem fazer nenhum curso de mecânica, Bruno Herrera diz ser autodidata e muito perfeccionista. Mas uma das características que ele julga ter sido decisiva para adquirir o sucesso que tem é o seu bom senso. “É preciso saber até onde vai dar para mexer no motor de um carro. Se você passar do limite, ele certamente deixará seu proprietário na mão e o principal objetivo do meu trabalho é dar satisfação total aos clientes”, explica o empresário.

Depois de ter preparado quase todos os modelos existentes no mercado, entre nacionais e importados, Bruno diz que para ele não existe um projeto especial. “O projeto mais marcante sempre é aquele no qual eu estou trabalhando, me dedico ao máximo em cada um”, diz.

Aos 41 anos de idade e estabelecido como um ícone da preparação de motores no Brasil, Herrera se dá ao luxo de não trabalhar para qualquer um. “Só faço para quem sabe apreciar e usufruir do meu trabalho de maneira saudável”, explica. E isso não inclui menores de 21 anos. Para ele, os mais jovens não dão o devido valor.

mais moderno em equipamentos. Ao entrar no galpão, a diversidade de modelos chama atenção. Os carros variam de Ford Mustang GT a VW Saveiro e GM Opala, alguns já em preparação há meses. De acordo como Bruno, o custo dos projetos varia muito, assim como o tempo de trabalho. Para ele, essas são questões secundárias: “O que realmente importa é a paixão pelo carro”.