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Não se trata de uma nova geração, mas sim de uma bela atualização da primeira, lançada no Brasil em 2010, quando marcou a entrada da Volks no segmento de picapes médias. E uma entrada em grande estilo, vale dizer, com um rodar que combinava de forma surpreendente conforto e valentia, além de inovações como um motor a diesel 2.0 biturbo e câmbio automático de oito velocidades com tração integral permanente (Atualização em 3/11: clique aqui para conferir a avaliação da versão Highline).

A linha 2017 da Amarok, ou Nova Amarok, como prefere a Volks, será apresentada oficialmente ao público no Salão do Automóvel, na semana que vem, e começa a ser vendida ainda este mês com novidades pontuais para seguir competitiva diante de concorrentes que também evoluíram muito, como as novas Ford Ranger, Chevrolet S10, Toyota Hilux e Mitsubishi L200 Triton Sport. Mas fomos a El Calafate, na Patagônia Argentina, para conferir em primeira mão as mudanças e avaliar a novidade.

O QUE MUDOU?

De fora, as principais mudanças estéticas serão notadas apenas pelos detalhistas — exceto no caso da nova série especial Extreme, a azul das fotos acima, com visual mais exclusivo e outras diferenças das quais já volto a falar.  Na linha como um todo, as novidades de design se concentram na dianteira, mais especificamente na grade, com menos filetes e mais cromados (dependendo da versão), e no para-choque e luzes de neblina com desenhos diferentes. A lateral ganha um adesivo 4MOTION, em alusão ao sistema de tração integral, mas a traseira não muda. Outra novidade são faróis bixenônio com assinatura em LEDs, agora de série a partir da versão Highline (era opcional).

Dentro da cabine, a transformação é maior. As saídas de ar redondas, de plástico simples e visual pobre, dão lugar a elementos retangulares/poligonais com cromados, mais chiques e harmônicos com o resto do painel. Os sistemas multimídia também foram atualizados para versões mais recentes, que são compatíveis com Android Auto, Apple CarPlay e MirrorLink. Além disso, os bancos são novos (versões Highline e Extreme), com abas mais generosas e ajuste de comprimento do assento, além de ajustes elétricos para motorista e passageiro. O volante multifuncional tem novo desenho e agora há borboletas junto ao volante para troca de marcha. Outra novidade é o painel de instrumentos com tela multifuncional colorida e com efeitos 3D (somente na Extreme), como em outros modelos mais recentes da marca.

Já nos itens de segurança, a picape já era bem completa, mas melhorou. Agora soma o sistema multicollision brake (sistema de frenagem automática após um acidente, que ajuda a reduzir a gravidade dos acidentes) e aviso de cintos não afivelados. Na versão topo de linha Highline, e também na Extreme, a picape ainda ganhou indicador de pressão dos pneus e airbags laterais e de cortina para motorista e passageiro.

VERSÕES E SÉRIE ESPECIAL EXTREME
As versões continuam praticamente as mesmas. Com cabine simples, há apenas a opção S (motor 2.0 de 140 cv, câmbio manual de seis marchas), que também pode ter cabine dupla. As demais versões são todas com a cabine maior e motor 2.0 de 180 cv com câmbio manual de seis marchas (versão SE, com 40,8 kgfm de força) ou a caixa automática de oito velocidades (versões Trendline e Highline, com 42,8 kgfm).

A novidade é a série especial chamada Extreme, que também será oferecida a partir desse mês. Baseada na Highline, tem santantônio mais esportivo e na cor da carroceria, protetor de caçamba em material especial (Durabed) e rodas aro 20 com pneus 255/50, além da opção de cor Azul Ravenna e outros detalhes exclusivos.

Os preços oficiais não foram divulgados, mas não devem mudar muito em relação à linha 2016. Assim que os tivermos, publicaremos aqui. (Atualização: clique aqui para versões e preços)

MAS E O MOTOR V6?
Como já noticiamos antes, na Europa a Amarok ganhou um downsizing revertido (ou seria um upsizing?), trocando o 2.0 biturbo por um mais novo e mais potente 3.0 V6. O modelo com esse motor estará exposto no Salão do Automóvel, na semana que vem, mas só começa a ser vendido no Brasil no segundo semestre do ano que vem. O plano é que andemos nele nos próximos dias a devemos trazer uma avaliação até o fim da semana. Segundo a marca, a demora para a chegada se deve ao processo de homologação no Brasil. Esse motor V6 emprestado do Touareg terá na versão brasileira 224 cv e mais de 55 kgfm, garantido à picape acelerações de 0-100 km/h na faixa de 9 segundos – impressionante para uma picape. O preço dessa versão, no entanto, deve superar a barreira dos R$ 200.000