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O mercado fervilha com a chegada da nova família Polo, que, por aqui, deve ser chamado de Polo G, para diferenciá-lo do velho e bom Polo que já tivemos aqui e que deixou de ser produzido em 2014. Alguns veículos de comunicação insistem em afirmar que este deverá ser o Novo Gol. Um erro, pois o carro que deverá ser lançado no último trimestre deste ano é exatamente igual ao Polo europeu, que chega no 2º semestre. Será praticamente um lançamento simultâneo Europa/América do Sul.

A grande diferença entre o modelo europeu e o latino-americano, produzido no Brasil, está na concepção da suspensão traseira: enquanto o europeu utiliza a plataforma MQB, pura e com suspensão independente nas quatro rodas, teremos a plataforma MQB A0, cuja suspensão traseira é feita através de eixo de torção.

Além de mais robusto, o eixo de torção é mais barato de ser produzido, enquanto o modelo europeu deve demonstrar um comportamento dinâmico ligeiramente superior, graças ao refino de sua suspensão traseira independente. Acho que a decisão é tecnicamente correta, fazendo com que a suspensão com eixo de torção resista mais às nossas esburacadas ruas e estradas. Uma clara adequação do produto ao local e condições que serão utilizados.

MOTORES E CONSTRUÇÃO

Apesar de o sedã Virtus ser diretamente derivado do Polo G, por uma questão de estratégia de marketing, eles deverão ser apresentados como produtos distintos e, realmente, terão personalidades próprias, adequadas aos consumidores ao qual se destinam. Enquanto o Polo G, mais descolado, será oferecido com três motorizações distintas (a saber o 1.0 de 82cv, o 1.6 de 120cv e o 1.0 TSI de 125cv), o Virtus dispensará o motor 1.0 de 82cv e será oferecido apenas com os motores superiores, pois além de mais pesado, deverá oferecer mais prazer ao dirigir ao seu mais exigente consumidor.

Nas transmissões, teremos câmbios manuais nas versões regulares e manual de 6 marchas nas versões TSI. Nem o Polo G, tampouco o Virtus, serão oferecidos com câmbios automatizados, apenas com os automáticos Tiptronic de 6 marchas. Um luxo!

Com entre-eixos generoso para carros dessa categoria, de 2,56m, tanto Polo G quanto o Virtus oferecerão um bom espaço interno. Suas carrocerias resistirão com méritos aos rigorosos testes realizados pelo Euro NCAP e deverão repetir esses bons resultados nos testes do Latin NCAP com as versões brasileiras.

Serão carros construtivamente modernos, que utilizarão recursos tecnológicos e de materiais. É o que nos garantem as fontes que consultamos dentro da Volkswagen. Claro que, além de ar-condicionado digital de duas zonas nos modelos top de linha, o Polo G e o Virtus oferecerão aos seus felizes proprietários uma central multimídia moderna. Uma exigência do consumidor atual, que certamente espera esse recurso.

PREÇOS

Você deve estar perguntando: E quanto deverão custar essas novidades? Por enquanto, faço apenas uma estimativa, olhando para o mercado: O Polo G básico, que já vem bem equipado, deverá custar algo ao redor dos R$60 mil, enquanto a versão de topo, com motor TSI e câmbio Tiptronic de 6 marchas, não sairá por menos de R$90 mil.

Já o Virtus 1.6 com câmbio manual de 5 marchas, já bem recheado de equipamentos, deverá custar a partir de R$65 mil. Enquanto a versão mais cara, com motor TSI e câmbio Tiptronic de 6 marchas, deve beirar os R$ 100 mil.

São automóveis caros. Mas, segundo as nossas fontes (que tiveram a oportunidade de ver os carros), eles valerão cada centavo do que custarão. É esperar para ver.