O i8 não se baseou em um carro existente; nasceu de uma folha em branco. Sua carroceria segue o padrão já usado no elétrico i3, é verdade – o chamado BMW LifeDrive, formado por módulo central do habitáculo (Life) de CFRP (plástico reforçado com fi bra de carbono) e partes dianteira e traseira (com os propulsores e suspensões), além da caixa com as baterias (Drive), de alumínio. Essa estrutura é muito mais leve que as convencionais: a marca diz que há uma redução de peso de 50% em comparação com uma feita de aço e de 30% com uma de alumínio. Tudo isso permite manter o peso do
carro em 1.485 kg. No entanto, graças à alta resistência da fi bra de carbono e às estruturas frontais e traseiras de absorção de energia, o i8 proporciona grande proteção em impactos. Em termos de custos de reparação, a BMW diz que 90% dos acidentes envolvem só a “pele” de plástico, fácil de substituir.

O motor a gasolina, que move as rodas traseiras, é derivado do usado nos Mini: um novo 3 cilindros turbo 1.5 de injeção direta acoplado a uma transmissão automática de seis marchas. A seus 231 cv e 32,6 kgfm somam-se os 131 cv e 25,5 kgfm do motor elétrico dianteiro – que atua no eixo dianteiro por meio de uma caixa automática de duas velocidades – totalizando uma potência de 362 cv. As baterias de íons de lítio fi cam alojadas no centro do carro e a marca as garante por oito anos ou 100.000 quilômetros. O carro pode ser recarregado tanto em uma tomada normal, em poucas horas, quanto pela recuperação de energia de frenagem e durante a operação normal do veículo, graças ao acionamento do motor de arranque pela unidade a combustão. Já as suspensões – duplo triângulo na frente e multilink de cinco braços atrás – contam com amortecedores controlados eletronicamente e pneus de amplo diâmetro (20 polegadas), mas largura reduzida (195 mm na frente, 215 mm atrás) para otimizar a resistência ao rolamento.