TUCSON 2.0 AUT. R$ 84.900

O Tucson é um fenômeno. No mês de maio, foram 890 unidades emplacadas ficando atrás apenas de EcoSport (4.253) e Pajero (1.289), ambos modelos nacionais com preços mais acessíveis (a versão de Pajero que mais vende é a TR4, fabricada no Brasil). Grande parte desse sucesso se deve ao preço do modelo. Partindo de R$ 79.900, é uma das melhores relações custo/benefício do segmento.

“A Hyundai está muito satisfeita com os investimentos que fizemos no País e, por isso, temos uma negociação muito boa, o que nos possibilita praticar esses preços”, explica Carlos Alberto de Oliveira Andrade, presidente do Grupo Caoa, importador e representante oficial da empresa no Brasil. Mas dizer que o Tucson vende bem apenas porque é barato seria minimizá-lo. Afinal, a Kia oferece Sportage a preços convidativos, mas vende menos de 100 unidades/mês.

O Tucson avaliado, que custa R$ 84.900, é o intermediário da gama, que é composta ainda por uma versão manual (R$ 79.900) e uma versão top de linha completa, que sai por R$ 114.900. Em todas elas, o consumidor conta com bom acabamento, espaço interno privilegiado, suspensão independente nas quatro rodas, uma boa lista de equipamentos e garantia de quatro anos sem limite de quilometragem. Mas independente da configuração, pelo menos em princípio, o que faz com que os consumidores (na maioria jovens empresários e executivos) se interessem pelo carro é seu design. “A Hyundai está aparecendo no mundo como uma montadora excelente. O estilo do carro, aliado ao seu valor, é um dos melhores”, afirma o proprietário Fábio Pontual. Para o presidente da Caoa, o sucesso tem outras explicações. “No mercado automobilístico não existe segredo. Nós tínhamos um produto de alta confiabilidade e fizemos um bom planejamento. Não erramos em nenhum aspecto”.

Os proprietários se dizem satisfeitos com o modelo, a não ser pelo desempenho que, segundo eles, merecia melhores acelerações e retomadas. “Esse motor 2.0 automático é insuficiente para o peso do carro”, afirma a empresária Maria Stella Giordado. “A velocidade final não é ruim, o problema está nas retomadas. Acho que a relação de marchas poderia ser alterada”, analisa Pontual.

De fato, trata-se de uma unidade 2.0 moderna, com cabeçote em alumínio, duplo comando de válvulas com variador de fase e que rende bons 142 cv. A questão levantada pelos usuários está mesmo no peso aliado ao câmbio automático de quatro marchas, que tem relações mais longas para obter menores marcas de consumo e ruídos. A relação entre o peso e a potência do modelo é de 10,90 kg/cv, enquanto a de um Rav4, por exemplo, fica em 9,32 kg/cv. O próprio Tucson V6 oferece a excelente relação peso/potência de 9,3 kg/cv.

Para quem quiser mais desempenho, há a opção do câmbio manual que, para a proposta do veículo, faz um bom casamento com esse motor. Agora, se para você uma performance empolgante é condição primordial, o motor V6 2.7 é a melhor opção. Com essa unidade,além de mais desempenho, você leva ainda a tração 4×4 e, aos airbags frontais, somam-se os laterais e de cortina; o ar passa a ser digital e o CD Player tem disqueteira para seis CDs.

Com cerca de 70 revendas no País, a Caoa pretende expandir as vendas de Tucson. “Temos revendedores em todas as capitais, mas não em todas as cidades. Com isso, nossas vendas fora de São Paulo têm um potencial de crescimento grande, diz Andrade.

O banco dianteiro se encaixa no assento traseiro, formando uma cama. O porta-malas com duas aberturas facilita o acesso às cargas