No dia 23 de abril, o mundo conheceu um novo sedã da Fiat, o Viaggio. No Salão de Pequim, na China, a marca mostrou sua versão do Dodge Dart – que havia sido exibido no Salão de Detroit em janeiro. O carro será produzido na China a partir de julho pela joint venture GAC Fiat. Tudo exatamente como MOTOR SHOW mostrou, com exclusividade, em sua edição de dezembro, antes mesmo do Dart dar as caras. O Viaggio, cujas imagens definitivas e oficiais você confere aqui, é exatamente um Dodge Dart da Fiat, feito sobre a mesma plataforma C-Wide ou CUSW (Compact US Wide), a mais moderna do grupo, derivada do Alfa Giulietta. Além do novo nome, o Fiat ganhou adaptações no design.

O que erramos? E o que mais sabemos? Dissemos que ele seria feito no México e chegaria ao Brasil no segundo semestre deste ano. Mas, para agradar ao governo americano e ganhar o direito de comprar mais 5% da Chrysler, a Fiat decidiu fazê-lo nos EUA. Por isso, ficou inviável trazê-lo, de cara, com preço competitivo. A solução seria importá-lo apenas como Dodge, em versão com motor 2.4, dos EUA ou trazê-lo como Fiat da China, no terceiro trimestre. A importação seria uma forma de “reservar” mercado, já que a Fiat também estuda produzi-lo na nova fábrica que está construindo em Pernambuco e lançá-lo, já como sedã nacional, em 2014. Há ainda a chance de, na mesma linha do Nordeste, produzir, além do Fiat – que pode ou não manter o nome Viaggio no Brasil -, também o Dart. Seria uma forma de privilegiar a Dodge na tributação do IPI, uma vez que teria uma fabricante nacional. Isso tudo ainda estea para ser decidido, mas o fato é que, salvo alguma enorme reviravolta, a produção do novo sedã da Fiat para o Brasil, como antecipamos, é certa.

Visualmente, o Fiat Viaggio chinês deverá ser bem semelhante ao nacional

O painel da versão italiana ainda não foi revelado, mas não deverá ser muito diferente do que é oferecido no Dodge Dart (na foto)

Em relação ao tamanho, o Viaggio tem 4,67 m de comprimento e 1,85 m de largura (maior que um Toyota Corolla, é aproximadamente do tamanho de um Chevrolet Cruze) e generosos 2,708 m de entre-eixos. Assim como o porte, os preços da versão nacional devem ficar próximos dos da concorrência, partindo de cerca de R$ 65 mil.

Já na mecânica, a versão chinesa terá exatamente o motor que anunciamos: 1.4 turbo T-Jet, que já é usado no Punto e no Linea brasileiros. Em duas calibrações, será oferecido com 120 cv ou 150 cv. Se a Fiat do Brasil decidir usar também o 1.8 E-Torq feito no Paraná, a versão menos potente do T-Jet pode ser descartada. Além do câmbio manual de cinco marchas, na China ele terá o novíssimo e já muito elogiado DDCT (automatizado de dupla embreagem). Torcemos para que, aqui, essa novidade também substitua o automatizado simples Dualogic.