Esqueça o Fiat Viaggio/Dodge Dart. O sedã médio chegou a ser certeza para nosso mercado, pois seria feito no México, como publicamos aqui com exclusividade, mas o presidente americano, Barack Obama, forçou a produção nos EUA e tudo mudou. Ele foi lançado lá como Dart e depois, na China, como Fiat Viaggio, com a plataforma CUSW simpli cada. Essa plataforma será usada na fábrica da Fiat Chrysler Automobiles em Pernambuco, como base de nossa picape média, de um SUV da Jeep e, provavelmente, de outro SUV, nesse caso da Fiat (MOTOR SHOW de julho). Agora, algumas publicações noticiaram a montagem do Viaggio (CKD) na mesma fábrica. Não faz sentido. Ou a marca importa o carro já pronto da China, como quase fez no ano passado, ou o produz em Pernambuco, mas aí só em 2016 ou 2017. 

O fato é que o segmento de sedãs médios tem difícil penetração, o que exige um produto excepcional. E a Fiat não vai se arriscar de novo. No plano de negócios apresentado na fusão de Fiat e Chrysler, chamou a atenção a família “C-Compact”, formada por sedã, perua e hatch – esse último o substituto do Bravo. O três-volumes chega já no segundo semestre do ano que vem. Aliás, foi sua “mula”, com a carroceria de Linea, que agramos em testes na Itália. 

As imagens mostram um corte longitudinal na carroceria do Linea, comprovando que os novos modelos serão mais largos. O painel é do 500L – com quem essa família compartilhará a plataforma. Diferentemente do que se imaginava, a base não será a CUSW ou C-Wide, e sim essa mais barata B-Wide – evolução da Fiat/GM Small Platform do Punto e do Linea, já na versão modernizada usada no Fiat 500L e no Jeep Renegade – que inaugura a fábrica de Pernambuco. Essas novidades, com plataforma de custo mais baixo, a princípio serão só para a Europa. Mas faria sentido também para o Brasil. Por que produzir aqui o Viaggio, se estão desenvolvendo um carro mais barato e (supostamente) melhor?