Ninguém duvida do sucesso do Ford EcoSport. O “jipinho” apareceu em 2002 e foi reestilizado em 2012. Segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o utilitário esportivo terminou 2013 com 66.097 unidades emplacadas. Zero-quilômetro, os preços iniciam em R$ 58.490 na versão S 1.6 manual de cinco marchas, podendo chegar a R$ 80.590 na topo Titanium Plus 2.0, com câmbio automatizado PowerShift de seis velocidades. O EcoSport Freestyle 2012 está custando R$ 51.870 com motor 1.6. 

Dependendo da con guração, o carro traz controles eletrônicos de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampa, sistema de conectividade Sync, airbags dianteiros, laterais e de cortina, partida sem chave e outros mimos. O calcanhar de aquiles é o porta-malas de 362 litros. “Sinto falta de espaço quando preciso levar mais bagagens”, critica Olavo Viana Cabral Júnior, engenheiro civil. “Adoro o carro, mas o bagageiro é pequeno”, diz Cleane Silva, vendedora. Contudo, o acabamento da cabine agrada. “Me apaixonei quando vi o interior. Destaco a leve direção com assistência elétrica, o quadro de instrumentos de fácil leitura e o banco do motorista ajustável em altura. Só acho dispensável o assistente de partida em rampas”, diz Olavo.

Independentemente da versão escolhida, ambos os proprietários optaram pelo motor Sigma 1.6 e câmbio manual de cinco marchas. Essa unidade tem bloco, cabeçote e cárter construídos de alumínio – o conjunto pesa 86,5 quilos (15 quilos a menos em relação ao Zetec Rocam 1.6 usado na geração passada). “Não tive relatos de problemas crônicos. É um motor fácil de mexer. Trocar a correia dentada é simples. E a manutenção é barata”, comenta o consultor técnico Cristiano Sagrillo.
“O Sigma 1.6 foi desenvolvido em parceria com a Yamaha e tem muita tecnologia. Devido ao comando variável, tem bom torque em baixas rotações”, completa Haruki Tutia, da o cina Frison Tech, de São Paulo.
 
O câmbio manual de cinco marchas tem bons engates. “Não transmite esportividade, mas é uma caixa correta”, conta Cristiano. “Apesar de simples, essa transmissão equipa até carros de maior potência da Ford”, fala Haruki. Já as suspensões são bem construídas. “É um carro de passeio com carroceria alta. No entanto, não tem acerto para o fora de estrada”, diz Cristiano. “Já tive um Eco da geração passada e senti uma melhora na estabilidade do carro, que também  cou mais confortável para uso urbano”, diz Olavo. Se depender dos dois proprietários, o próximo carro deles será um outro Ford EcoSport.