O World Endurance Championship (Campeonato Mundial de Endurance) ou WEC, como é mais conhecido no meio automobilístico, terá sua quarta etapa no circuito de Interlagos, em São Paulo, entre os dias 30 de agosto e 1o de setembro. Essa prova internacional revive o grande sucesso dos campeonatos mundiais de marcas que agitavam o meio automobilístico nas décadas de 1950, 1960 e 1970. Eram as memoráveis disputas entre Porsche, Ferrari, Jaguar e Ford, entre outros importantes fabricantes de supercarros.

A FIA regulamentou, a partir de 2011, um campeonato nos moldes do antigo Mundial de Marcas, uma disputa entre os fabricantes que está ficando cada vez mais acirrada a cada ano que passa. Se antes as disputas mostravam quais eram as marcas mais competentes em resistência e velocidade, hoje o campeonato seleciona as que consigam unir velocidade às mais inovadoras tecnologias quando o assunto é o de conciliar alta performance com baixo consumo de combustível. Um binômio de difícil convivência, no qual marcas como Audi, Toyota, Nissan, Porsche, Chevrolet e Aston Martin utilizam seus conhecimentos técnicos para chegar à vitória.

Dependendo do fabricante, os carros são híbridos, unindo tração elétrica aos poderosos motores turbodiesel, ou podem ser convencionais com eficientes motores a gasolina com injeção direta. Os carros com essas configurações são tão velozes que, em alguns trechos de Interlagos, atingem velocidades mais altas do que a de um F1. Só para que se tenha uma ideia de como esses carros são rápidos, nas 24 Horas de Le Mans deste ano, o Audi vencedor fez uma média horária de cerca de 245 km/h em toda a prova, mesmo considerando-se as paradas para troca de pilotos, pneus e abastecimento. Um espetáculo imperdível para quem gosta de carros e competições.

Na categoria principal, a LMP1, só competem a Audi (102 pontos) e a Toyota (67). Entre os pilotos, Allan McNish (Grã-Bretanha), Loic Duval (França) e Tom Kristensen (Dinamarca) lideram a tabela com 94 pontos. Serão cerca de 35 carros competindo em Interlagos. Desses, em torno de 20 serão protótipos (Audi, Porsche e Toyota, entre outros) e 15, GTS – supercarros semelhantes aos que andam nas ruas, como Corvette, Porsche, Ferrari e Aston Martin. Apesar de os pilotos estarem relegados a coadjuvantes nesse embate entre os fabricantes, há boas chances de vermos brigas acirradas entre Bruno Senna, piloto da Aston Martin, e Fernando Rees, brasileiro que pilota um Chevrolet Corvette. Há chances ainda de equipes de pilotos brasileiros alugarem estruturas europeias só para participar das 6 Horas de São Paulo, como aconteceu no WEC do ano passado.