Quem disse que para ser divertido um carro precisa de uma potência absurda? O Suzuki Swift já foi vendido no Brasil, na década de 1990, e acaba de retornar ao País, nas versões premium Swift Sport (R$ 74.990) e Swift Sport R (R$ 81.990) – esta última, exclusiva do Brasil, com detalhes técnicos e opcionais a mais. O importador prevê a comercialização de 120 a 130 carros/mês e o mix de vendas estimado é de 70% do Swift Sport e de 30% do Swift Sport R. 

O lugar para conhecer e avaliar o carro foi o autódromo particular Velo Cittá, em Mogi Guaçu (SP), que é homologado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e pela CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) – o habitat perfeito para este “foguete de bolso”. Embarcamos no Swift Sport R e sentimos que sua força vem do motor a gasolina, aspirado, com 1,6 litro e 16V (comum nas duas versões), feito de alumínio e com variador de fase no comando de válvulas e no coletor de admissão. São 142 cv de potência para 1.065 quilos, o que resulta em uma interessante relação peso-potência de 7,5 kg/cv.

O giro do motor sobe rápido e, a partir das 4.000 rpm, a personalidade do carro muda. Na reta principal do circuito de 3.493 m de extensão, de pé cravado no acelerador, o bloco 1.6 chegou a girar em 7.000 rpm. A caixa manual de seis marchas tem engates precisos e a unidade avaliada trazia um opcional: a relação de câmbio encurtada – futuramente, a Suzuki também irá disponibilizar uma relação 30% mais curta para os clientes que participam de track days. As pedaleiras esportivas têm desenho e posição correta para fazer o punta-tacco – manobra de acelerar e frear com o mesmo pé, ao mesmo tempo, durante as frenagens. 

As suspensões grudam o carro no asfalto e o Swift devorou as 14 curvas do traçado transmitindo muita estabilidade. Os freios com ABS de nona geração e EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem) usam discos ventilados na dianteira (271 mm) e sólidos na traseira (258 mm). Provocativo por fora, o interior do Suzuki oferece bancos com ótimas abas laterais, que abraçam muito bem o corpo. Embora a coluna de direção seja ajustável somente em altura, o volante tem aro no e uma empunhadura exemplar. Já quem viaja atrás encontra bom espaço para as pernas – uma pena que o porta-malas seja tão pequeno. 

Ambas as versões são equipadas de série com partida sem chave, faróis bixenônio com lavadores e regulagem automática do facho, seis airbags, computador de bordo e ar-condicionado automático, entre outros. O Swift Sport R tem a mais as rodas de aro 17 (no Swift Sport são 16) e o sensor de estacionamento traseiro, e opcionalmente vem com o câmbio de relação encurtada e a central multimídia. Além disso, só o Swift Sport R oferece a combinação de tons da carroceria (igual às das fotos) – amarelo com teto preto, preto com teto vermelho (semelhante ao usado pelos Mini), gra te com teto vermelho e branco com teto gra te – modi cação feita pela Suzuki na fábrica do jipinho Jimny, em Catalão (GO), de onde também saem os Mitsubishi brasileiros, como o crossover ASX. De volta à ativa por aqui, o Suzuki Swift tem predicados para encarar os outros futuros “foguetes de bolso” que estão com o passaporte carimbado para desembarcar no Brasil.