O CX-5 é uma espécie de portabandeira do mais recente salto tecnológico da japonesa Mazda. Trata-se do primeiro modelo da marca com a tecnologia SkyActiv, um conjunto de novas soluções adotadas para motores, câmbios, chassis e suspensões, buscando maximizar a e ciência de seus automóveis, tanto em relação ao desempenho quanto no que diz respeito ao consumo de combustível. “Até 2015, quase todos os nossos modelos adotarão essa tecnologia, tanto os de tração dianteira, quanto os esportivos de tração traseira”, adianta Irotaka Kanazawa, chefe de pesquisa e desenvolvimento da marca. “Em 2016, apresentaremos a segunda geração do sistema, que permitirá diminuirmos as emissões de CO² para menos de 95 g/km”, completa.

A sensação mais interessante ao dirigir o CX-5 vem quando você afunda o pé no acelerador e o motor continua a crescer, mesmo depois de 4.500 giros. Fica claro que ele está muito acima do que se espera de um motor diesel de um SUV médio. O propulsor quatro cilindros (150 ou 175 cv), chamado de SkyActiv-D, trabalha com turbo de dois estágios e taxa de compressão baixíssima (14:1) para manter o desempenho, diminuindo a emissão de óxido nitroso. Além disso, o modelo tem o sistema Start-Stop, até então usado pela Mazda só em carros a gasolina. Esse motor vem acoplado a uma e ciente caixa automática, chamada SkyActiv Drive, que bloqueia o conversor de torque em quase todas as situações, garantindo e ciência e baixo consumo. As trocas são macias e quase imperceptíveis, mesmo nas frenagens ou no kick-down. As seis marchas podem ser trocadas sequencialmente, mas não há borboletas no volante. E elas fazem falta, principalmente pelo caráter apimentado do carro.

Com tração integral, o CX-5 é cômodo, silencioso e elástico, e tem uma personalidade quase esportiva. Enfrenta as curvas sem incertezas e os bancos cumprem bem a função de apoiar lateralmente o corpo. Um belo SUV médio de bons 4,54 m de comprimento, que deve custar, na Europa, cerca de R$ 80 mil. Com uma nova fábrica no México, a marca retorna ao Brasil em 2012, e o CX-5 pode até entrar nos planos para o nosso mercado. A versão mais barata a gasolina (também com taxa de compressão 14:1, segundo a marca a taxa mais alta já utilizada em um motor a gasolina), com câmbio manual e tração dianteira, custa, lá, cerca de R$ 57 mil.