Foi um rápido test-drive em uma autobahn alemã. Um cenário não muito favorável ao Mercedes GLK, principalmente nessa versão a diesel, a 220 CDI, que já começou a ser vendida no Brasil. Com parcos 170 cv, ele substitui de vez – e com preço similar – a versão a gasolina seis cilindros 3.5 de 252 cv. O destaque do motor novo está no torque de 40,8 kgfm, bom para o off-road. Na estrada, porém, as retomadas são lentas e o ruído não deixa esquecer que se está em um carro a diesel.

São duas versões: a básica custa R$ 169.900 e já é completa. Na versão Sport (foto), de R$ 199.900, o novo GLK ganha sistema de estacionamento automático, bancos e direção com ajustes elétricos, rodas aro 19, teto panorâmico, GPS e faróis bixenônio com função off-road, entre outras traquitanas.

Mas não adianta. Essa versão pode até conquistar um nicho de mercado graças às vantagens do combustível, como o menor custo e o menor consumo. A Land Rover tem obtido sucesso com seu Freelander 2 SD4 a diesel – principal rival desse GLK. Mas o Freelander 2 a gasolina já vendia bem, e o GLK sempre sofreu rejeição. A culpa não é só de seu design controverso ou da falta de espaço – mas também da concorrência. Pelo mesmo preço desse GLK, há opções a gasolina como os desejadíssimos Range Rover Evoque e o BMW X1 topo de linha.

Se sua preferência é pela durabilidade e economia do diesel, as opções ficam limitadas: ele compete com o Freelander 2 SD4 e com o Toyota SW4. O primeiro usa uma fórmula parecida, com uma posição de dirigir mais alta. O segundo perde muito em refinamento.

Na realidade, a solução da marca para o segmento é o GLA – o SUV compacto que chega ainda este ano e, como adiantamos com exclusividade (MS 355), tem enormes chances de ser fabricado no Brasil, pois usa a mesma plataforma dos Classe A e CLA, também quase certamente futuros nacionais. Importado, deve custar uns R$ 130/140 mil. Nacional, pode cair para R$ 100/110 mil. Esse, sim, vai dar trabalho para a concorrência.