Quem esperava mudanças extremas no novo Corolla deve ter se decepcionado. Mas acredite, as mudanças, apesar de parecerem tímidas, foram grandes e bem estudadas. A 10ª geração do sedã (a terceira fabricada no Brasil) mudou onde tinha que mudar. Nem mais, nem menos.

Mantendo a plataforma e sem alterar o entreeixos, a marca conseguiu aproveitar melhor o espaço interno, deixando o carro mais confortável e aconchegante. Para quem vai atrás, há mais espaço para os ombros, para as pernas e o assoalho (quase plano) facilitou a vida do quinto passageiro. Além disso, enquanto o Civic diminuiu o porta-malas, o Corolla tratou de aumentá- lo, de 437 para 470 litros.

O design, se não revolucionou, pelo menos deu mais modernidade à carroceria, que carregava linhas já cansadas.

A versão XEi ganhou novos itens, como ar digital e regulagem do volante em profundidade, mas as maiores alterações de equipamentos foram no top SE-G

Fugiu da radicalidade do concorrente e foi fiel ao seu consumidor que quer um carro belo, atualizado, confortável, mas discreto em meio ao trânsito.

Na versão manual avaliada, mais surpresas positivas. O câmbio, que tinhas engates problemáticos, está bem mais preciso e o controle eletrônico deixou as respostas do acelerador mais dóceis. Em suma, o carro parece mais leve, mais prazeroso de guiar e mais preparado para enfrentar a concorrência, que cresceu com a chegada de Linea e Focus Sedan.

A nova calibragem das suspensões deixou o sedã mais confortável e o manteve bem equilibrado. O silêncio a bordo também passou a ser ponto de destaque, assim como o consumo de combustível, que ficou baixíssimo. Pena a montadora não divulgar números. Em tempos de aquecimento global, é uma informação relevante.