Localizada paralela à Rodovia Presidente Dutra, entre as cidades de Queluz (SP) e Volta Redonda (RJ), a região da é pouco conhecida pelos milhares de pessoas que circulam diariamente no eixo Rio-São Paulo. O local preserva em suas cidades, fazendas, casas e casarões uma época muito rica de nossa história. Em Bananal, principal cidade da região, os “barões do café” formavam a elite do Império. Com seu dinheiro, depositado nos bancos de Londres, chegaram a avalizar empréstimos feitos pela Inglaterra ao Brasil.

Outra atração é a natureza, onde está preservada a maior área de Mata Atlântica do Brasil e uma das maiores biodiversidades do planeta. Parte dessa reserva se encontra no Parque Nacional da , que abrange uma área de aproximadamente 104 mil hectares. Existem boas opções de hospedagem em Bananal, mas o melhor para conhecer a cidade é escolher uma pousada no centro e sair caminhando. Em um pequeno passeio, é possível ver a Estação Ferroviária, a Praça do Rosário, a Praça Pedro Ramos e seus casarões preservados, rua Manoel Aguiar com casarões e a Pharmacia Popular, fundada em 1830. Nas lojas do centro, você encontrará o artesanato local, que são os artigos feitos com barbante. Vamos apresentar três trilhas entre as inúmeras que existem em toda a região.

Ao lado, a pousada Vale dos Veados. Ela faz parte do restrito circuito “Roteiros de Charme”. Pelo caminho, muita cachaça envelhecendo em tonéis de madeira

A bordo de uma Ford Ranger, passamos pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas em três roteiros diferentes e cheios de história

 

ROTEIRO 1 – BANANAL

O primeiro roteiro sai de Bananal, seguindo o caminho do sertão da Bocaina, pela SP-247. Essa estrada vai até o topo da serra e, apesar de ser uma SP (estrada estadual), em vários locais mais parece uma trilha off-road. Mesmo assim, o caminho não é difícil, mas exige bastante atenção, pois há pedras soltas e trechos de asfalto esburacado. O visual é muito bonito e, à medida que a estrada vai subindo, as paisagens vão se alternando entre vales, rios, cachoeira e serras. No km 27 dessa trilha está o Projeto Acqua, a maior criação de trutas da América Latina, com área para pesca, chalés e venda de peixes. Bem perto, tem o ótimo restaurante e camping Chez Bruna. Também nas imediações está a cachoeira dos Pilões e a Usina Velha. Programe esse roteiro para um dia inteiro, pois as condições da estrada e o visual fazem a média de velocidade ser baixa. Existe uma continuação desse roteiro, depois do sertão da Bocaina, saindo para a direita, em direção ao sertão da Onça, descendo a serra por Arapeí, num total de 75 quilômetros.

ROTEIRO 2 – ARAPEÍ

Nosso segundo roteiro parte de Arapeí, uma pequena vila na SP-068, a Rodovia dos Tropeiros. O caminho é para o alto da , em direção ao sertão da Onça, fazendo no início o trajeto do roteiro 1 ao contrário. No alto da serra, à direita, é possível entrar no Parque Nacional da , porém a volta deve ser feita pelo mesmo caminho porque o Ibama não permite a saída pela portaria principal. Programe almoçar na fazenda Caxambu, no Restaurante da Dona Licéia.

ROTEIRO 3 – SÃO JOSÉ DO BARREIRO

Nosso terceiro roteiro parte de São José do Barreiro. O caminho inicial é a mesma estrada para a portaria do Parque Nacional da . Esse caminho é o mesmo usado pelas mulas para levar o ouro que vinha de Minas Gerais até o porto de Parati. Pelo estado da estrada tem-se a impressão de, que desde o tempo do Império não foi feita nenhuma conservação no trajeto. Os veículos vão até a portaria do parque, onde podem estacionar depois de percorrer 28 km. Uma caminhada de 1.500 m leva até a Cachoeira de Santo Izidro, com 84 m de queda e que termina em uma piscina. Uma das opções de hospedagem é o Clube dos 200. O hotel esteve abandonado um bom tempo. Seu idealizador foi o presidente Washington Luis e mais 199 sócios. Daí o nome. Passaram pelo Clube (hoje restaurado e funcionando como hotel) celebridades da época, como Getulio Vargas, general Rondon, Tarsila do Amaral, Carmem Miranda e Rita Hayworth.

A aventura passa por estradas do tempo do Império que, de tão malcuidadas, parecem intocadas desde aquela época

À esquerda, uma vista da fachada da Estação Ferroviária belga, de 1888, localizada em Bananal. À direita, as conhecidas ruínas da Bocaina, uma atração à parte

BANANAL

Turismo / Prefeitura – (12) 3116-1577

Fazenda Bela Vista – (12) 3116-1255

Chácara Santa Inês (doces e cachaça) – (12) 3116-1591

Terprage (artesanato) – (12) 3116-5222

Trutas Acqua – (12) 3116-1519

Pousada Amiga – (12) 3116-1421

Restaurante 418 – (12) 3116-5418

Restaurante da Estação – (12) 3116-1287

Restaurante e Camping Chez Bruna – (24) 3369-6328

Recanto da Cachoeira – (12) 3116-5527

ARAPEÍ

Restaurante Dona Licéia (12) 3115-1412

Chalé Fazenda Monte Alegre (12) 9711-9164

SÃO JOSÉ DO BARREIRO

Hotel Porto da Bocaina (12) 3117-1192

Pousada Ecológica Vale dos Veados (12) 3117-1192

Hotel Fazenda Clube dos 200 – (12) 3117-2338

MW Trekking – (12)3117-1220

Distâncias:

São Paulo / São José do Barreiro – 275 km

São Paulo / Bananal – 316 km

Rio / Bananal – 156 km

Bananal / Arapeí 18 km

Arapeí / São José do Barreiro 30 km

IBAMA – (12) 3117-1225