Apresentado oficialmente ao mundo no Salão de Genebra, em março, o Renault Twizy é um veículo revolucionário, uma curiosa mistura de scooter e carro. Com apenas 450 kg (menos da metade do peso de um Fiat Uno) e 2,34 m de comprimento (menor que um smart fortwo), ele tem apenas 1,19 m de largura e por isso leva só motorista e mais um passageiro – sentado atrás. Essas medidas tão compactas garantem praticidade para o uso urbano, mas sem abrir mão da segurança: entre os itens de série estão cintos de três pontos para os ocupantes e airbag para o motorista. Mas o mais importante é que, com propulsão totalmente elétrica, o Twizy não emite um poluente sequer no ar.

Acima, nosso repórter avalia o Twizy na Rio+20. Abaixo, o modelo ligado a uma tomada comum doméstica, na qual uma recarga completa pode ser feita em apenas 3h30

O modelo hoje é oferecido somente na Europa, em duas versões: a mais simples tem apenas 5 cv de potência e, em alguns países, nem exige que o condutor tenha carteira de habilitação. Já a mais cara, que tivemos oportunidade de avaliar durante a Rio+20, tem 17 cv e torque de 5,2 kgfm, atingindo a velocidade máxima de 80 km/h.

A tecnologia utilizada no Twizy é a mesma de outros modelos Z.E. (sigla para Emissão Zero), como o Renault Fluence, que também já foi avaliado aqui na MOTOR SHOW. Um limitador de aceleração garante que uma recarga completa proporcione uma autonomia de até 160 km – mas que pode ser menor, dependendo das condições de tráfego, da temperatura ambiente e do modo de dirigir. Com moderação, é possível circular ao custo de apenas R$ 1 por hora de carga, segundo informações da montadora.

Em nossa rápida avaliação em um circuito fechado, cou claro que o Twizy é uma forma ágil e segura – além de muito silenciosa – de se locomover nos centros urbanos. Pena que, ao menos a princípio, o carro elétrico que na Europa sai por atraentes € 6.900 (cerca de R$ 17 mil) di cilmente será vendido no Brasil, já que a montadora não tem intenção de tropicalizá-lo. Mas é claro que se o governo acenar com bons incentivos para veículos elétricos, os planos da Renault podem acabar mudando.

A bordo, a primeira impressão é a de falta de segurança (reforçada pela falta das portas, que são opcionais e não estavam no modelo avaliado), mas ela logo passa. Afinal, a suspensão dianteira tipo McPherson garante ótima estabilidade e os freios têm sistema ABS para frenagens e cientes. Mesmo que sua proposta não seja a esportividade, o pequeno Renault se comporta muito bem nas curvas.

A carroceria feita 90% de plástico tem aparência bastante rústica, mas seu design inovador é bastante atraente. Certamente seria um sucesso entre os consumidores modernos e ecologicamente corretos.

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