Admito! Sou proprietário e fã de um Fiat Cinquecento tradicional. Talvez, por isso, tenha achado que esse foi um dos carros mais divertidos que já avaliei para esta seção Dirigimos. Aqui não temos que ser imparciais, racionais ou ponderados. O que vale é o “gosto”, ou “não gosto”! E confesso que eu gostei muito de ser proprietário do 500 Cabrio. Não pela potência ou pelo comportamento dinâmico, mas pelo charme. Além disso, ele é o conversível mais acessível do mercado: custa bem menos que smart fortwo cabrio (R$ 78.300) e Mini Cooper Cabrio (R$ 120.500).

A capota de lona pode ser aberta em três estágios, estando até 80 km/h de velocidade. No primeiro, ela é recolhida até atrás da cabeça; no segundo, vai até o vidro traseiro; no terceiro, é completamente dobrada – e, assim, compromete a visibilidade do retrovisor interno. Mas, diferentemente de outros “sem-teto”, as colunas, as laterais e as travessas da carroceria são fixas e, por isso, a turbulência é mínima mesmo em velocidades mais altas. Também foram providenciados reforços estruturais: a coluna A foi encorpada e o assoalho ganhou uma barra transversal. Comparado com o peso de um modelo Fiat 500 automático “normal”, tem só 16 quilos a mais.

Achei que o motor Multiair está adequado à proposta e oferece um bom torque desde as baixas rotações. A versão é oferecida só com o câmbio automático de seis marchas com opção de trocas pela alavanca. Bem que poderia ter as borboletas no volante. Dependendo da rotação, as mudanças são feitas acompanhadas de leves trancos e, no manual, há uma demora nas trocas. Isso me incomodou. As suspensões são macias e voltadas para o conforto e a carroceria tende a rolar um pouco nas curvas. Nada que comprometa a sua estabilidade.

O modelo também me agradou pelo pacote de equipamentos. Baseado na versão Lounge, traz controle de estabilidade (ESP), auxílio de partida em subidas e direção Dual Drive (o volante enrijece quando a tecla Sport está acionada – o que também altera parâmetros do câmbio e do acelerador). De opcionais, tem os bancos de couro, o ar digital, o som Bose, os airbags de cortina e joelhos, o retrovisor interno eletrocrômico e o sistema Blue&Me. Não pensaria duas vezes em comprar. Quem sabe…