As estatísticas mais recentes mostram que são roubados no Brasil mais de 300.000 carros por ano. E esse número vem crescendo de maneira vertiginosa: enquanto em 2013 foram roubados cerca de 230.000 carros – média de 26 carros/hora –, hoje atingimos a marca de 36 carros/hora. Sinal que a indústria de furto de automóveis está em franco crescimento, com um resultado de fazer inveja a muitos setores da economia.
Para que esses números fossem reduzidos, seriam necessárias ações conjuntas de fabricantes, proprietários e autoridades da segurança pública. Agora, a pergunta que não quer calar: qual é o destino desses veículos?

Quem são os beneficiários dessa indústria do crime? Seria inocente imaginar que todos esses carros vão para o Paraguai. Se assim fosse, o trânsito do país vizinho estaria completamente congestionado com tantos carros brasileiros roubados em circulação. Uma pequena parcela desses carros certamente vai parar nos países vizinhos, algumas vezes trocados por drogas, outras vendidos por valores que giram em torno de 10% a 20% de seu valor real. Lembre-se que não estamos falando de 100 ou 200 carros, mas de 300.000! Uma parte deles vai para o mercado clandestino de peças de reposição, e outra parte, por meio de documentação falsa ou corrupção das autoridades, volta ao mercado de carros usados. E assim caminha a humanidade.

Para que seu carro não faça parte dessas estatísticas tenebrosas, alguns cuidados são fundamentais: procure não estacionar em ruas pouco movimentadas; utilize sempre dispositivos que dificultem as ações dos ladrões (lembrando que ladrão é um vagabundo que procura sempre a coisa mais fácil); deixe o carro em estacionamento que possuam seguro (porque hoje para ficar mais fácil eles roubam até dos estacionamentos); e se seu carro é daqueles que estão na lista de preferência dos ladrões, redobre as atenções. Isso é o que está ao seu alcance. O restante temos que deixar nas mãos da indústria e das autoridades. E aí só nos resta rezar muito!