Até 2030, todos os veículos produzidos pelo Grupo Volkswagen terão pelo menos uma versão com propulsão elétrica. A meta foi revelada nesta segunda-feira (11) pelo presidente mundial da montadora, Matthias Müller, durante a apresentação do “Roadmap E”, o plano de mobilidade elétrica de 20 bilhões de euros (cerca de R$ 73,8 bilhões) da empresa alemã.

O Grupo pretende lançar, nos próximos sete anos, 80 novos automóveis — 50 elétricos e 30 do tipo híbrido plug-in (que podem ser recarregados na tomada) — e que serão construídos sobre duas plataformas elétricas totalmente novas. Até 2025, a Volkswagen quer se tornar a maior empresa de mobilidade elétrica do mundo.

“Não estamos falando de uma companhia que vende duzentos ou trezentos mil carros por ano, mas de uma companhia que vende 10 milhões de carros em todos os segmentos em todas as regiões do mundo”, destacou Müller, em uma clara provocação às pretensões da americana Tesla, que recentemente anunciou o Model 3, o primeiro modelo “popular” da empresa, com preço de tabela de US$ 35 mil (cerca de R$ 108 mil) nos EUA.

Para atender à demanda por baterias prevista no “Roadmap E”, a Volkswagen já iniciou parcerias com fabricantes na Europa, China e América do Norte, além de bancar o desenvolvimento de uma nova geração de acumuladores de estado sólido, que permitiriam aos carros elétricos uma autonomia de mais de mil quilômetros.

Combustão

Diferente do que parece sugerir o plano de mobilidade do Grupo Volkswagen, a marca ainda acredita que os motores a combustão devem seguir em produção por mais alguns anos, servindo como uma ponte para os automóveis 100% elétricos. “Vendendo esses carros [à combustão] é que vamos levantar os recursos necessários para investir bilhões no futuro da mobilidade elétrica”, completou Müller.

Por esse motivo, a marca anunciou que irá lançar em 2019 uma nova geração de motores a combustão, além de investir no desenvolvimento de combustíveis renováveis e sintéticos, de modo a neutralizar as emissões de carbono desses propulsores.