01/12/2009 - 0:00
O ano de 2009 tem sido sofrido para o automobilismo nacional. A atual crise econômica mundial afetou diretamente tanto as categorias quanto os competidores. Muitas equipes e pilotos cancelaram sua participação em diversas categorias, principalmente as mais caras.
Isso porque o automobilismo está diretamente ligado a investimentos muito altos de patrocinadores, que pagam caro para ter a imagem de suas empresas vinculada ao esporte a motor. Porém, mesmo com um ano financeiramente difícil, não faltam novidades.
Até o fechamento desta edição, cinco novas categorias já estavam confirmadas para 2010: duas de monopostos – que prometem preencher a lacuna de modalidades que existe para quem sai do kart e pretende seguir carreira internacional , e outras três com carros turismo, que são boas alternativas como hobby (e até profissão) para endinheirados amantes da velocidade. Saiba mais sobre cada uma delas, que vêm para reforçar o automobilismo nacional e mostrar o vigor da iniciativa privada no Brasil.
A categoria é fruto de uma parceria entre a Fiat do Brasil e a promotora RM Competições, que tem entre seus sócios Titônio e Dudu Massa (pai e irmão de Felipe Massa, respectivamente). Com início previsto para o mês de abril, a modalidade será monomarca e usará sedãs Linea equipados com motores 1.4 T-Jet (os mesmos que equipam a configuração mais apimentada do Punto) e câmbio sequencial específico para competição.
A expectativa é que o grid tenha 20 carros e que a modalidade seja uma alternativa para quem também deseja encarar o automobilismo como profissão. A competição fará parte do Racing Festival, que terá corridas da Fórmula Future Fiat e da 600 SuperSport, categoria de motovelocidade. Serão seis etapas, cada uma com rodadas duplas (provas aos sábados e domingos). Para dar ainda mais visibilidade ao evento, Felipe Massa foi nomeado padrinho do Racing Festiva
A categoria fez sua estreia em agosto deste ano no circuito carioca de Jacarepaguá. Com os mesmos Porsche GT3 911 que foram usados em 2005 pela Porsche Cup, a competição tem como finalidade ser uma categoria mais acessível de aprendizagem para os endinheirados amantes da velocidade que pretendem encarar o grid da divisão principal.
Mesmo andando com carros muito potentes, com 390 cv de potência, é uma modalidade para iniciantes. Para preparar melhor os participantes, a organização fechou um acordo com a escola de pilotagem Roberto Manzini – e os pilotos têm aulas nos próprios carros. A categoria já tem 13 inscritos e acompanhará o mesmo calendário da Porsche Cup em 2010.
Fórmula Universitária
A competição tem como grande diferencial o envolvimento de universidades, e a estimativa é conseguir a participação de ao menos dez delas. Cada uma será responsável por dois carros, como uma equipe, e dará suporte em várias áreas para os pilotos. Afinal, para as universidades, a categoria servirá como laboratório.
Os estudantes de engenharia cuidarão do desempenho do carro, enquanto os de psicologia, por exemplo, serão responsáveis pelo suporte psicológico aos pilotos, e assim por diante. Ao todo, são 14 cursos envolvidos diretamente na competição. A modalidade será voltada a pilotos de até 17 anos, selecionados no kart e que nunca disputaram um campeonato de monoposto. A modalidade usará veículos parecidos com os antigos F-Ford, com motor Chevrolet 1.6 de 120 cv de potência que, aliado aos baixos 500 quilos dos carros, os farão alcançar a velocidade máxima de 180 km/h. A Fórmula-U acompanhará o calendário da F-3 Sul-Americana.
Copa Volvo
A paixão por velocidade do empresário Henry Visconde, dono do grupo de concessionárias Eurobike, fez com que surgisse a Copa Volvo. A categoria utilizará o hatch Volvo C30 com motor 2.0. O carro já participou de etapas do campeonato Brasileiro de Endurance – como teste – e não fez feio. Pilotado por Fernando Rebellato e Ricardo Landi, já em sua estreia no circuito de Tarumã o C30 conquistou o segundo lugar em sua categoria.
O modelo de pista ganhou suspensão mais firme, sem regulagem (para que todos os carros sejam iguais), motor acertado com potência de 170 cv e preparação do escape, entre outras particularidades dos carros de competição, como telemetria no painel e santantônios. A princípio, a Copa Volvo será disputada apenas no Rio Grande do Sul, mas a intenção é que depois se torne nacional.
As categorias de monoposto serão uma opção para quem sai do kart
Fórmula Future Fiat
A competição de monopostos será destinada a pilotos com idades que variam de 16 a 20 anos e que estejam saindo do kart e procurando uma categoria-escola de monoposto. A modalidade fará parte do Racing Festival (leia mais no texto sobre o Troféu Linea, na página ao lado) e usará carros com chassis franceses, motores 1.6 16V especialmente preparados pela FPT (Fiat Powertrain Technologies) e câmbio sequencial.
Os monopostos não estarão à venda – pois serão apenas alugados. O piloto paga uma determinada quantia por mês (ainda não definida) e a JL, que é responsável pela preparação dos veículos, se encarrega de toda a assistência logística e técnica. A organização também disponibilizará assessoria de comunicação e preparação física aos pilotos.
O campeonato terá seis etapas, sendo todas elas rodadas duplas (duas provas por fim de semana). Estima-se que o custo da categoria seja de aproximadamente R$ 280 mil por temporada.