Brasil e Uruguai assinaram nesta quarta-feira (9) um acordo de livre comércio para automóveis e autopeças, que entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2016. O acordo é comemorado pela Anfavea, que defende a celebração de novos tratados do tipo como uma das estratégias para a retomada do crescimento da indústria nacional.

“Até este ano, podíamos exportar no máximo 12.500 veículos para o mercado uruguaio sem pagar o imposto de importação. Com este acordo, acaba esta limitação e a as empresas poderão ficar livres para firmar novos negócios”, afirmou Luiz Moan, presidente da entidade que reúne os fabricantes de automóveis do País.

Do lado brasileiro, vão se beneficiar os produtos que atingirem um índice de nacionalização igual ou superior a 55%. Já os produtos uruguaios deverão atingir o percentual de 50% de conteúdo nacional.

Nos casos de veículos e autopeças que não se adequem a esta regra de conteúdo local, o Brasil poderá exportar uma cota de US$ 325 milhões com os benefícios tributários, enquanto o Uruguai poderá vender no mercado brasileiro até US$ 650 milhões.

No ano passado, as montadoras baseadas em território brasileiro venderam 14.229 unidades no país vizinho, número que inclui automóveis de passeio e veículos comerciais. Atualmente, apenas as chinesas Geely (modelos GC2 e EC7) e Lifan (530, X60 e os utilitários Foison) trazem modelos montados no Uruguai.