• Potência de 420 cv

• 0 a 100 km/h 4,6 s

• R$ 600.000

A foto ao lado diz muito sobre o Audi R8: apesar de a marca alemã já oferecer esportivos como o cupê TT, ainda faltava na sua linha um “carro dos sonhos”, um superesportivo capaz de enfrentar Ferrari e Porsche, um carro com design arrebatador, agressivo, que mesmo parado já diz a que veio (feito pelo mestre do design Walter De’Silva). Com apenas 1,25 metro de altura, o cupê chega com um preço salgado – R$ 600 mil – mas menos da metade do que custa a Ferrari mais barata, e R$ 50 mil menos que um Porsche 911 Turbo, seu principal concorrente (60 cv mais potente, acelera até 100 km/h 0,7 segundo mais rápido e atinge a máxima de 310 km/h).

Mas, em relação ao BMW M3 Sedan e ao Mercedes C63 AMG do comparativo desta edição, com desempenho semelhante ao R8, é caro – a proposta da Audi porém, é diferente, a começar pela configuração: dois lugares, motor central e tração integral. E, se os outros dois chamam a atenção, a bordo do Audi o motorista se sente uma celebridade: ninguém vai deixar de notá-lo.

O V8 de 420 cavalos e injeção direta gira alto, atingindo a potência máxima a 7.800 rpm. Comporta-se bem em baixas velocidades, possibilitando o uso em condições normais, rodando silenciosamente, mas quando é exigido pelo pé direito torna-se um “bad boy” de primeira. O ronco do motor, localizado logo atrás da cabeça do motorista, torna-se maravilhoso e viciante, e o câmbio manual automatizado, com opção seqüencial e trocas de marcha na alavanca de câmbio ou nas borboletas atrás do volante, é rápido. O desempenho é reforçado pelo baixo peso, graças à carroceria toda feita em alumínio.

O aerofólio sobe automaticamente em alta velocidade, mas pode também ser acionado por um botão. Os grandes discos de freio são indispensáveis

A suspensão semi-ativa (Audi Magnetic Ride) usa, no lugar do óleo, um fluido magnético que, por meio de cálculos de computador e aplicação de energia elétrica no fluido, altera a rigidez do sistema, adaptando-o às condições da pista, e tem braços transversais na dianteira mare traseira. Aliada à tração integral “Quattro” com diferencial autoblocante e às rodas de 18” com pneus 235/40 na frente e 285/35 na traseira (19” e pneus 235/35 e 295/30 opcionais), faz o carro encarar qualquer curva sem deixar o motorista (ou seria melhor piloto?) na mão.

E se você pensou que o detalhe lateral prateado é meramente estético, está enganado. Chamado de “Sideblade”, trata-se de um defletor de ar para refrigerar o poderoso V8 (e pode, opcionalmente, vir com outras cores/acabamentos). Assim como também são belas e indispensáveis as aberturas difusoras no pára-choques traseiro, responsáveis por dissipar o calor produzido pelo motor.

Ainda falando na relação entre design e funcionalidade, o design tanto das lanternas traseiras quando dos faróis chama a atenção, pois utilizam LEDs (melhor iluminação e maior vida útil). Meramente estético, apenas o fato deste ser o primeiro Audi com os quatro aros do logo da Audi no capô, e não na grade dianteira. Chama a atenção também a grande tampa traseira, que é feita em vidro para que o feliz proprietário possa sempre ver o magnífico motor.

Dentro do carro, luxo máximo: sistema de áudio Bang Olufsen com DVD e DOZE alto-falantes, câmera de estacionamento, ar-condicionado com detector de raios solares, integração com telefone Bluetooth, sensor de chuva… só a regulagem de altura dos bancos que poderia ser elétrica, em vez de manual. Porta-malas? Esqueça… ele leva apenas 100 litros na parte dianteira, e mais 90 litros dentro da cabine, atrás dos bancos. Mas, dentro de um carro dos sonhos, quem vai ligar para bagagem?

Detalhes de luxo em um esportivo: porta em couro com alto-falantes Bang Olufsen, sistema de controle de som e configuração do carro com tela LCD e ar-condicionado automático com enorme eficiência, graças às reduzidas dimensões da cabine

Acima, o belo painel, com volante esportivo e pedais e câmbio cromados. No volante, controle do rádio e computador de bordo. À direita, a alavanca do câmbio manual automatizado.