A General Motors do Brasil completa 90 anos de atividades hoje. Em sua longa história de sucesso, a GM já produziu 14,5 milhões de veículos. Desde o primeiro furgão Chevrolet que saiu da pioneira fábrica do Ipiranga, em São Paulo, até o último Cruze feito hoje mesmo em São Caetano do Sul, a GM construiu uma imagem de reputação no Brasil, coroada em 2014 com a vice-liderança do mercado. A história dos carros de passeio é mais recente: começou em 1968, com o Opala. Por isso, quero falar de cinco Chevrolet que deixaram saudade.

Opala (1968 a 1992)

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Esse ícone tem presença obrigatória em qualquer lista dos maiores carros feitos no Brasil. Um clássico incontestável. Ele nasceu em 1968 como uma fusão do alemão Opel Rekord com o americano Chevrolet Impala. Além do visual marcante tanto na versão de duas quanto de quatro portas, o Opala impressionava pelo porte, pelo amplo espaço interno, pelo enorme porta-malas e pelo status que dava aos seus proprietários. Quando a GM lançou o Opala SS, em 1971, para brigar no segmento de esportivos, foi o máximo. Ele tinha volante e rodas esportivas, faixas pretas na pintura e até conta-giros. O motor 4 cilindros tinha apenas 80 cv de potência, mas ninguém dava muita bola para isso.

Chevette (1973 a 1993)

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Chegou em plena crise do petróleo e vendeu mais de 1,6 milhão de unidades em duas décadas. Logo em seu ano de estreia (1973) ganhou o título de carro mais vendido do Brasil. O Chevette era um simpático sedã de duas portas com motor dianteiro e tração traseira. Isso o tornava gostoso de dirigir. Seu motor 1.4 tinha apenas 69 cv de potência. As versões esportivas GP e GP II, lançadas respectivamente em 1976 e 1977, eram um pouco mais potentes: 72 cavalos. Apesar de o fim do Chevette ter sido meio melancólico, para ocupar de emergência um espaço no mercado de carros 1000, sua história é maravilhosa.

Monza (1982 a 1996)

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O primeiro ano do Monza foi apenas com a versão hatch e motores 1.6 e 1.8. Ele chegou arrasando no mercado. Era lindo e bem construído. Um ano depois ganhou as carrocerias sedã de duas e quatro portas. O modelo era similar ao Opel Ascona e surgiu como versão brasileira do carro mundial da GM (projeto J). Uma de suas versões de maior sucesso foi a Classic, que inaugurou o motor 2.0 na linha em 1987. No total, o Monza teve cerca de 858.000 unidades vendidas, sendo 572.000 com o desenho clássico e 286.000 com a traseira quadrada. O Monza foi tricampeão brasileiro de vendas em 1984/1985/1986.

Kadett GSi (1991 a 1994)

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O Brasil não tem muita tradição de carros conversíveis. Por isso, o pouco tempo em que o Kadett GSi Conversível ficou no mercado foi memorável. O carro brigava com outro ícone dos anos 90, o Ford Escort XR3 Conversível. Mas o Kadett GSi normal também deixou saudades. Ele tinha um motor 2.0 de duas válvulas por cilindro com 121 cavalos. Sua relação de marchas era curta, por isso o carro era gostoso de dirigir. O sistema de injeção eletrônica também era um dos pontos fortes do GSi.

Omega (1992 a 1998)

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Como não amar o Omega? Ele chegou ao mercado brasileiro em 1992, substituindo o Opala. Introduziu um novo patamar de qualidade no país. Era enorme, sofisticado, espaçoso, rápido, seguro, uma delícia na estrada. Seu grande mérito estava no motor 3.0i, importado da Austrália. Quando a GM trocou esse motor pelo 4.1 do Opala e pelo 2.2 do Monza, o carro perdeu sua alma. Mas até hoje o Omega é considerado por muitos o melhor automóvel já produzido no Brasil.