O automobilismo nacional acaba

de ganhar uma nova e atraente

categoria. Com baixo custo,

a Sprint Race ca entre os campeonatos

regionais e a Stock

Car. A temporada terá 20 provas em rodadas

duplas, com duração de 25 minutos cada

uma. “O custo por etapa é de aproximadamente

R$ 18 mil, que podem ser divididos

pelos dois pilotos do time. Enquanto isso, na

Copa Montana, por exemplo, gastam-se de

R$ 60 mil a R$ 70 mil”, explica Thiago Marques,

organizador e idealizador da competição

junto com o seu irmão Tarso Marques.

Um fato curioso é que as disputas reunirão

pilotos experientes com iniciantes. Neste

primeiro ano, largam apenas 16 carros, mas a previsão é de que o número de bólidos

suba para 22 em 2013. Embora haja apenas

uma equipe competindo, foram criadas duas

copas dentro da temporada principal. “Dessa

forma, queremos aumentar a competitividade”,

explica Marques. A Winter acontecerá

durante as quarta, quinta e sexta corridas

e a dupla vencedora embolsará um prêmio

de R$ 20 mil. Já a Final será disputada nas

oitava, nona e décima etapas, e terá uma

premiação de R$ 30 mil. “Quem ganhar terá

que usar essas bonificações na próxima

temporada”, explica Thiago. Já o campeão

geral da Sprint Race 2012 levará para casa

R$ 50 mil. Toda a parte técnica ca a cargo

de Amadeu Rodrigues, conhecida gura do

automobilismo nacional.

Os carros da Sprint Race têm o mesmo

projeto dos bólidos da extinta categoria Super

Clio, mas claro que ele foi atualizado. “Utilizamos

materiais de baixo peso e com alta

resistência”, conta Eduardo Akel, engenheiro

responsável. A estrutura tubular veste uma

carroceria de bra de vidro com plástico

reforçado. O peso seco é de 740 kg e o motor

é um quatro cilindros 2.0 aspirado.

Toda a parte de baixo do motor é da

Renault brasileira, enquanto a parte superior

(cabeçote, válvulas e comando de

válvulas) vem da divisão europeia. “Não há

diferença de desempenho. É uma unidade

com pistões e bielas forjadas. Trabalhamos

a taxa de compressão e o ponto de ignição,

e a injeção eletrônica é exatamente

a mesma utilizada na Europa. Limitamos

a potência em 200 cv para evitar quebras

e promover uma maior igualdade”, explica Akel. Também para

aumentar a competitividade, os três primeiros colocados de cada

etapa trocarão o motor e a injeção com os três últimos. O tanque

de combustível tem capacidade para 70 litros e a transmissão é

do tipo sequencial de seis marchas, montada na traseira. “Ainda

estamos desenvolvendo um sistema power shift, que permitirá

trocar de marcha sem aliviar o pé do acelerador”, diz Akel.

As suspensões têm amortecedores e barras estabilizadoras reguláveis para garantir mais equilíbrio

Um fato curioso é que o piloto ca sentado no meio do carro,

como em um fórmula. Essa opção construtiva melhora a distribuição

de peso (que ca em exatos

50% por eixo) e, consequentemente,

o equilíbrio em curvas.

As suspensões têm amortecedores

e barras estabilizadoras

reguláveis, os freios têm pinças

de seis pistões e os pneus

são os mesmos da Mercedes

Grand Challenge. Sem dúvida,

a categoria promete.

Além do baixo custo por prova, a categoria atrai com prêmios generosos e regras que aumentam a competitividade. Os motores aspirados têm 200 cv

CALENDÁRIO

22/07 – Curitiba

02/09 – Curitiba ou São Paulo

14/10 – Londrina

04/11 – Curitiba

02/12 – Curitiba

22/12 – Curitiba