11/12/2014 - 10:52
Os últimos dois anos têm sido especialmente tristes para os fãs de alguns modelos veteranos. Neste período, morreram o Lada 2107, na Rússia, a Volkswagen Kombi, no Brasil, e o Hindustan Ambassador, na Índia. Todos modelos com mais de 40 anos de estrada e poucas modificações. Mas mesmo em um mercado mundial de automóveis cada vez mais globalizado, alguns veículos antigos resistem à modernidade e continuam em produção.
Um exemplo é o sedã médio Peugeot 405. Lançado no mercado europeu em 1987, o modelo continua vivo no Irã, onde é fabricado desde 1999 por meio de uma parceria entre a fabricante francesa e a indústria local Iran Khodro. O sucesso do modelo na terra dos Aiatolás é tão grande, que o 405 original serviu de base para dois outros modelos: o Pars (versão levemente remodelada do carro original) e o Samand (que utiliza a mesma plataforma do 405, mas com outra carroceria).
O Irã, aliás, deu origem a outro veterano ainda em produção. Os Mercedes-Benz Classe G foram lançados em 1979, após um pedido do então governante iraniano Xá Mohammad Reza Pahlevi, que queria novos utilitários para o seu exército. Desde então o modelo ganhou novos motores e passou por alguns retoques estéticos, mas manteve a carroceria de linhas retas. E por falar em jipes, outro que resiste no mercado é o Lada Niva, Lançado em 1977, o modelo que fez sucesso entre os jipeiros brasileiros nos anos 1990 ainda é vendido na Rússia como Lada 4×4 com o mesmo desenho e até as rodas de aço com calotinhas centrais cromadas.
Na China, um dos velhinhos ainda em produção atende pelo nome de Vita. Fabricado pela FAW, o modelo corresponde a segunda geração do compacto japonês Daihatsu Charade, produzida originalmente entre 1987 e 1993. Outro antigo japonês que ainda faz muito sucesso é a primeira geração do Mazda 121. Fabricado originalmente entre 1986 e 1990, o mesmo modelo é produzido pela iraniana Saipa e até na vizinha Venezuela, onde uma estatal produz o mesmo compacto com o nome de Venirauto Turpial.