02/12/2012 - 23:15
Já tive um sedã da Honda, e a qualidade da marca é inegável. Além disso, o City acaba de ganhar um facelift na linha 2013, que o deixou mais belo e elegante. Basicamente, porém, trata-se do mesmo carro lançado em 2009, mas com para-choques, faróis, lanternas e rodas redesenhadas, além de ganhar uma grade cromada. Para completar, a gama foi reduzida de oito para apenas quatro versões: DX (manual), LX (manual e automática) e a topo de linha EX (avaliada). O EX-L saiu de cena.
Confesso que o casamento do motor 1.5 com o câmbio automático de cinco marchas poderia ser mais empolgante. O conjunto funciona como um relógio: você acelera, o giro sobe, a marcha é passada… e só. Embora o foco esteja no conforto, me incomodaram a falta de fôlego nas ultrapassagens e as retomadas demasiadamente lentas. Para compensar, as borboletas atrás do volante para trocas manuais de marchas ajudam a incrementar um pouco a condução. As suspensões estão bem calibradas, e também gostei do silêncio a bordo e do bom isolamento acústico.
Por dentro, o City cuida bem dos ocupantes, oferecendo espaço e amplitude. A ergonomia é boa, há bancos de couro, ajuste de profundidade do volante, assentos traseiros reclináveis e ar-condicionado digital. Como novidade, o painel de instrumentos passou a ser iluminado em azul, e a cor do console central mudou do prata para o grafite. O sistema de som com CD/MP3 tem entradas auxiliares e para iPod, além de tweeters nas colunas, e agora o sedã tem sensores de estacionamento. O porta-malas de 506 litros é maior do que o do Civic e merece elogios. O tanque de combustível também cresceu na linha 2013 – para 47 litros.
Essa versão topo de linha EX traz, ainda, freios ABS com EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem) e airbag duplo. Nada além do mínino esperado em um carro desse valor – e aí está justamente um dos problemas dele. Por R$ 61.860, apesar das qualidades, não colocaria o City na minha garagem. Prefiro investir esse valor em outro carro – como, por exemplo, a versão de entrada do Civic, de R$ 62.990. Tem um motor 1.8 mais potente e é um pouco mais requintado.