03/12/2012 - 2:03
Nos mercados onde já é vendido, o Toyota GT 86 custa o mesmo que um RAV4 ou um CR-V – o que, aqui no Brasil, seria algo na casa dos R$ 100/110 mil. Não sabemos se quando chegar por aqui terá um preço tão atraente. Se tiver, seu sucesso está garantido. Disputaria o título de melhor esportivo acessível com modelos como o VW Jetta TSI e o Honda Civic Si Coupé, que também está no Salão e chega só em 2014. E levaria uma bela vantagem.
A receita do cupê, que avaliamos em junho deste ano junto com seu irmão gêmeo Subaru BRZ, é clássica. As marcas trabalharam para fazer um esportivo simples, barato e divertido: o motor dianteiro é aspirado e boxer (especialidade Subaru); a tração é traseira e tem diferencial de deslizamento limitado; a direção elétrica é bastante direta; as respostas ao acelerador são imediatas; e o centro de gravidade é baixíssimo.
Se não há nada de espantoso na potência do 2.0 – com 200 cv –, é justamente ele que garante boa parte da emoção: gosta de girar alto, e, combinado com o câmbio manual de seis marchas (há um automático) e o excelente chassi, garante diversão maior que máquinas muito mais caras, mas que exigem velocidades astronômicas para emocionar.
Antes tarde…
O Prius que está no salão é pouco diferente daquele já avaliado por MOTOR SHOW este ano. Além de faróis, lanternas e para-choques redesenhados, ele ganhou um novo sistema de som com tela sensível ao toque e alguns novos equipamentos. Lançado no Japão em 1997, o Prius, hoje na terceira geração, é o híbrido de maior sucesso em todo o mundo (foi o quarto carro mais vendido do planeta neste semestre). A grande novidade é que, finalmente, ele começa a ser comercializado no Brasil. O preço não havia sido anunciado até o fechamento desta edição, mas deve ficar na casa dos R$ 150 mil.
A versão que chega não é a Plug-in, que pode ser recarregada na tomada e rodar alguns bons quilômetros só com eletricidade, mas a tradicional híbrida. Combinando um motor 1.8 a gasolina e outro elétrico, o modelo passa facilmente dos 25 km/l na cidade – e é capaz de fazer até 20 km/l na estrada, onde é menos econômico. A cabine é bastante espaçosa e surpreendentemente bem acabada, além de futurista. Acredite: dirigi-lo tentando bater seus próprios recordes de consumo e observando todos os sistemas de informação que colaboram para isso é uma diversão à parte.