O Jeep Grand Cherokee voltou a ter uma opção de motor a diesel. Mas essa versão CRD (sigla para Common Rail Diesel) custa R$ 40 mil a mais do que as V6 a gasolina. Oferecida apenas na con guração Limited, traz como grande novidade o bloco V6 3.0 com injeção direta, fornecido pela italiana VM Motori (uma empresa ligada ao grupo Fiat). Comparado ao antecessor, que era fabricado pela Mercedes, houve um ganho de 10% na potência, 8% no torque e ainda ficou 20% menos poluente. Um dos segredos foi a adoção do turbo de geometria variável e da nova injeção eletrônica com 1.800 bar de pressão – uma tecnologia patenteada pela Fiat Powertrain Technologies (FPT).

Graças ao bom torque, há força de sobra desde os giros mais baixos, possibilitando rápidas retomadas. O câmbio automático de cinco marchas tem opção de trocas sequenciais pela alavanca. Segundo a marca, as suspensões receberam molas e amortecedores mais firmes, mas não empolga nas curvas, assim como os demais SUV.

Quando utilizada no fora de estrada também mostra muita disposição. A tração permanente 4×4 Quadra-Trac II distribui o torque entre os eixos. O seletor de terreno permite escolher entre os modos de condução na pedra, na areia/lama e em pisos com baixa aderência, inclusive de forma esportiva ou automática. Nessa última, o sistema define sozinho o acerto que será usado. Nas descidas mais íngremes, basta engatar a primeira marcha para que a eletrônica se encarregue de frear, manter a trajetória e controlar a velocidade, facilitando a vida do motorista e cooperando na segurança. Aliás, se algo der errado, existem ainda sete airbags, inclusive o de joelho.

Quem viaja no Grand Cherokee desfruta de muito conforto, bom acabamento, e diversos itens de conveniência, incluindo um excelente sistema de entretenimento. Mesmo assim, antes de investir os R$ 219.900 cobrados pela versão, lembre-se de que a nova geração do jipão já foi apresentada no mercado norte-americano e chega aqui no ano que vem.