Por que partir de uma folha em branco se você tem um glorioso passado para servir de inspiração? Aproveitando o renascimento recente de sua submarca Datsun, a Nissan foi buscar no 240Z, campeão de rali dos anos 1970, a “base teórica” para fabricar o substituto do 370Z. Na verdade, antes de ser uma marca de baixo custo, a Datsun nasceu como uma divisão de esportivos – e o 240Z desa_ ou com sucesso máquinas muito mais caras de marcas europeias e americanas.

O substituto do 370Z, que ilustramos nessa página, por enquanto é conhecido apenas como “projeto Z35”. Será apresentado, ainda como conceito, no Salão de Detroit, em janeiro do ano que vem (em 2015 chega a versão de produção). O principal objetivo da Nissan, desde o nascimento do projeto, é que o peso do carro não ultrapasse 1.300 quilos. Para isso, além de usar materiais mais leves, a marca estuda aposentar o tradicional V6 aspirado e equipar o Z35 com um 4 cilindros turbinado. A unidade não teria mais que 2,5 litros de capacidade, _ cando com algo em torno de 275/300 cavalos de potência – mas, graças ao uso da turbina e do baixo peso do carro, garantiria um desempenho igual ao do modelo atual.

O principal alvo do novo cupê seria o também japonês Toyota GT86, vendido na Europa por menos de € 30.000 (R$ 88.000). No Brasil, o modelo deve, como o 370Z, _ car restrito a importadores independentes. A Nissan do Brasil se arrepende até hoje de ter trazido o 350Z: o baixo volume de vendas acaba tornando difícil manter a rede treinada e as peças de manutenção disponíveis.