Esperávamos mais do Gol Bluemotion. Afinal, a Volkswagen é competente quando o assunto é a melhora da eficiência energética de um veículo. O Gol tinha todos os pré-requisitos para mostrar um resultado melhor do que apuramos em nossos testes: seu peso era contido, com apenas duas portas, não dispunha de equipamentos de luxo, seu motor 4 cilindros 1.0 era calibrado para um consumo reduzido, os pneus eram do tipo verde (o que reduz o atrito de rolamento) e o auxílio da eletrônica dava dicas de condução mais econômica aos motoristas, algo que pode ser muito útil para o motorista comum.

Entretanto, nem esses recursos levaram o VW Gol Bluemotion (R$ 30.568) além do quarto lugar. Não que o carro fosse gastão; pelo contrário. O Gol mostrou-se muito prático para o dia a dia, sendo ágil nos grandes centros urbanos e capaz de viajar muito bem em velocidades ao redor dos 110 km/h. Uma crítica que os motoristas fizeram ao carro foi à sua performance muito tímida quando estava abastecido com gasolina. Com etanol o carro é bem valente, mas com gasolina seu fraco desempenho chega a irritar. No uso rodoviário, manter a velocidade de 120 km/h chegava a ser estressante para os condutores quando o Gol usava gasolina. Menos mal que a Volkswagen tem uma boa notícia: em breve o Gol Bluemotion passará a utilizar o novo motor 3 cilindros já disponível no Fox Bluemotion. Uma curiosidade: durante o teste rodoviário com etanol, o aparelho de medição do Gol apresentou problemas. Os testes de todos os carros foram interrompidos, um novo aparelho foi providenciado e a prova recomeçou do zero para todos no dia seguinte.