20/08/2014 - 12:19
O casamento entre Fiat e Chrysler foi nosso assunto de capa na edição passada. Mostramos como a empresa formada pela união, a Fiat Chrysler Automobiles, fará uma ambiciosa ofensiva de produtos –e como a Jeep é importante nessa estratégia. Dos modelos Jeep, o que mais nos interessa é o Renegade, que será fabricado no Brasil (leia mais na página 14). Mas antes dele, em setembro, chega o primeiro Jeep nascido desse casamento, o novo Cherokee. Uma avaliação completa dele mostramos em dezembro (con ra em nosso site). Agora, a marca revelou a versão que será vendida aqui – e aproveitamos para dar mais uma volta nela. Do Cherokee atual, não resta nada além da tradicional grade e da ótima capacidade off-road. Como a Chrysler decidiu investir em outro SUV nacional, que cará entre o Renegade e esse Cherokee (importado), esqueça os preços que havíamos previsto, em linha com os atuais R$ 105.000 a R$ 115.000. Ele até poderia custar isso na versão básica, de motor 2.4, mas, por limitações de produção e para deixar espaço para o “irmão do meio”, a Jeep vai trazer para cá só a Limited V6 4×4 – que será bem mais cara, com preço na casa dos R$ 160.000. O valor mais alto que o da geração anterior até se justica pela evolução do SUV, que ganhou um toque europeu (mais re nado) no acabamento e muito mais tecnologia – que inclui uma excelente central multimídia e sistemas como alerta de colisão, piloto automático adaptativo e monitor de ponto cego. Mas não precisava tanto. Representantes da marca justificam o valor comparando o Cherokee ao Range Rover Evoque, que parte de R$ 192.000. Uma comparação forçada, pois, fora o moderno câmbio de nove marchas, são carros bem distintos.
Se o motor 2.4 se mostrou fraco para o SUV, o V6 de 271 cv dá fôlego de sobra ao Cherokee – apesar de atrapalhado pelo câmbio lento (embora ótimo na contenção de consumo: a 120 km/h, roda a 1.750 rpm). Já a dirigibilidade ruim de antes – de jipe mesmo – deu lugar a uma mais palatável, urbana. O grande pênalti está nas suspensões gelatinosas, tipicamente americanas. Mas isso não é problema, pois aqui ele ganhará o acerto europeu. A conferir.