A Fiat se prepara para lançar neste 2º semestre no mercado brasileiro o Pulse, modelo que é considerado pela marca italiana o primeiro SUV compacto da empresa no Brasil. Mas mais de 40 anos antes disso, o mineiro 147 já servia de base para um modelo off-road que só seria vendido na Itália. Conheça a história do 127 Rustica.

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Lançado em 1979 na Itália, o Fiat 127 Rustica utilizava o mesmo nome do carro europeu que serviu de base para o desenvolvimento do 147 brasileiro. Mas a carroceria, o painel e o motor a gasolina de 1.048 cm³ e 55 cv eram os mesmos do carro fabricado na unidade industrial de Betim (MG) desde 1976.

Surgido com a proposta de ser um modelo off-road de baixo custo, trazia suspensão reforçada, protetores metálicos para os faróis e lanternas traseiras, para-choques tubulares e um interior espartano, com bancos que eram compostos por uma estrutura metálica revestida com um material plástico na cor marrom. As rodas também eram as mesmas do Fiat 147, mas com uma pintura preta.

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Mas o aspecto mais interessante do modelo era a sua fabricação: as peças do Fiat 127 Rustica eram feitas no Brasil e exportadas para a Itália. A montagem final era feita pela Lamborghini, na mesma fábrica de Sant’Agata Bolognese onde na mesma época eram produzidos esportivos como o hoje clássico Countach.

De acordo com a revista italiana Quattroruote, parceira da MOTOR SHOW na Itália, na época, esse compacto brasileiro foi elogiado pelo desempenho do seu motor, já que o 127 “original” de entrada tinha um motor 0.9 de 45 cv, e pela suspensão reforçada, mas ao mesmo tempo com acerto voltado para o conforto.

Mas a economia feita para torná-lo mais despojado e barato para o consumidor italiano, como os bancos simples, o isolamento acústico menor e a falta de freios servoassistidos, também afastaram o consumidor europeu, com a Fiat optando por descontinuar o modelo já em 1981.

No Brasil, a produção do Fiat 147 (sem uma versão Rustica) seguiu até 1987, quando o substituto Uno já estava em produção há três anos. Curiosamente, o compacto seguiu em produção na Argentina até 1996, onde além do nome Spazio (também usado no Brasil) foi comercializado com Vivace e Brio.

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