A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apresentou recentemente um estudo inédito da Boston Consulting Group que avaliou os cenários para o futuro da motorização no Brasil.

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Foram avaliados três grandes cenários possíveis para o país nos próximos 15 anos. O primeiro seria o “Inercial”, no qual a transformação viria no ritmo atual, sem metas estabelecidas, sem uma organização geral dos setores envolvidos e sem uma política de Estado.

O segundo, batizado de “Convergência Global”, seria o mais acelerado no sentido de acompanhar os movimentos já em curso nos países mais desenvolvidos. O terceiro é o “Protagonismo de Biocombustíveis”, um caminho que privilegiaria combustíveis “verdes”, mas com um grau de eletrificação semelhante ao do cenário “Inercial”.

Se hoje os modelos eletrificados respondem por 2% do mix de vendas de leves, em 2030 eles representarão de 12% a 22%, dependendo dos cenários previstos no estudo, e de 32% a 62% em 2035.

Mesmo no cenário mais conservador, o mercado brasileiro vai demandar milhões de unidades de veículos eletrificados até a metade da próxima década. Seriam 432 mil veículos leves/ano em 2030, subindo para 1,3 milhão/ano em 2035. De acordo com a Anfavea, esse é um volume grande demais para ser totalmente importado, exigindo assim investimentos maciços em toda a cadeia para a nacionalização desses veículos eletrificados.

Isso vai exigir também por parte do poder público o estabelecimento de políticas de aceleração da descarbonização, com medidas como menor tributação, isenção em pedágios, rodízio e zona-azul, ou até mesmo bônus diretos aos compradores, como acontece na Europa.

No cenário de Convergência Global, é avaliada a necessidade de instalação de ao menos 150 mil carregadores para atender os veículos eletrificados, o que implica num investimento da aproximadamente R$ 14 bilhões.

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