17/12/2021 - 11:00
O Jeep Renegade é um sucesso de público desde o lançamento, em 2015. Feito na fábrica de Goiana (PE) – mesmo local da picape monobloco Toro, do Compass e do Commander– o SUV compacto trouxe inicialmente o propulsor 1.8 naturalmente aspirado de até 132 cv de potência e 19,1 kgfm de torque (etanol), o que gerou algumas críticas em relação ao desempenho.
Após a vinda do 1.8 E.torQ EVO, emprestado da Toro e com o VIS (Variable Intake System ou sistema de admissão variável), os números de desempenho melhoraram para 139 cv e 19,3 kgfm, quando abastecido com o combustível vegetal. Contudo, quem buscava uma melhor desenvoltura e ainda queria a tração 4×4 a pedida estava nas versões 2.0 a diesel com 170 cv e 35,7 kgfm.
Feita as devidas apresentações, agora o Jeep Renegade passará a vir unicamente com o motor 1.3 16V turbo (T270) da Toro, do Compass e do Commander. Sendo assim, a unidade 2.0 a diesel deu bye-bye, porém, manteve a tração 4×4.
A unidade T270 é feita em Betim (MG) incluindo o sistema Multiair (comando continuamente variável de tempo e abertura das válvulas) de terceira geração, bielas fraturadas de aço forjado, pistões com tratamento de grafite para diminuir o atrito, injetores desenvolvidos para suportarem a ação corrosiva do etanol, injeção direta de combustível com 200 bar de pressão e taxa de compressão de 10,5:1. Outras soluções de engenharia estão no turbo da BorgWarner com 1,7 bar e válvula wastegate eletrônica, na bomba de óleo variável e no trocador de calor ar/água integrado ao coletor de admissão.
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Como ficou ao volante?
Durante a nossa primeira experiência com o Jeep Renegade T270, no Circuito dos Cristais, na cidade de Curvello (MG), ficaram evidentes as respostas mais de prontidão graças aos até 185 cv a 5.750 rpm de potência e 27,5 kgfm a partir de baixos 1.750 rpm de torque, rodando com etanol no tanque.
Com baixo turbolag (aquele atraso antes de o turbocompressor encher), o SUV da Jeep passou a entregar uma maior disposição, seja nas acelerações quanto nas espertas retomadas e ainda transmitindo uma suavidade de funcionamento.
Na balança, o Jeep Renegade Trailhawk T270 pesa 1.643 kg contra 1.674 kg do antecessor a diesel garantindo uma redução de 31 kg, o que gerou uma relação peso-potência de 8,8 kg/cv e peso-torque de 59,74 kg/cv. Um desempenho cooperado pela transmissão automática de seis ou de nove marchas presentes nas versões 4×2 e 4×4, na ordem. Esta última, trouxe uma relação mais curta do diferencial.
A mudança de coração fez bem também nos trajetos do fora-de-estrada, pois o bom torque a partir de baixas rotações ajuda a vencer as adversidades sem esforços. De acordo com o fabricante, não houve alterações nos ângulos de entrada (30º), de saída (32º) e na altura livre do solo de 21,6 cm, assim como foi mantido o diâmetro de giro de 10,8 m, que facilita a vida do motorista na hora de realizar curvas mais fechadas ou manobras em locais apertados.
As suspensões independentes nas quatro rodas asseguram conforto e um bom controle da carroceria. E a direção assistida eletricamente é precisa ao esterço ao passo que o contato com o solo é mérito dos pneus Pirelli Scorpion ATR de medidas 215/60 R17. Também agrada a modulação do pedal de freio e o sistema de frenagem emprega discos ventilados de 305 mm de diâmetro na dianteira e sólidos de 278 mm atrás.
Pelo seletor giratório é possível optar pelos programas Auto, Snow (neve), Sand (areia)/Mud (barro), Sport e Rock. Já no Jeep Renegade 4×2 foi incluído o sistema TC+, que debutou na nova geração da picape Strada. Entretanto, com calibração específica para o SUV da Jeep.
E como ficou o visual?
A estética cheia de personalidade sempre foi um dos atrativos do Jeep Renegade. Embora camuflado foi possível reparar em algumas novidades, como a nova grade frontal pegando uma carona no design do Commander, nos para-choques redesenhados e na nova lanterna.
Na ponta da fita métrica, o Jeep Renegade passou a ter 4,268 m de comprimento, 1,805 m de largura, 1,712 m de altura e 2,570 m de entre-eixos. Ou seja, ficou ligeiramente maior comparado ao modelo antecessor, que tinha 4,232 m de para-choque a para-choque. O porta-malas continua com 320 litros (ou 380 com o estepe temporário).
Por dentro, a posição de dirigir segue elogiável e vieram o quadro de instrumentos 100% digital, o botão SOS, além de freio autônomo de emergência e os seis airbags (frontais, laterais e de cortina) em todas as configurações.
A estreia do propulsor T270 no Jeep Renegade não será a única novidade do SUV para o próximo ano, pois também está agendada a motorização híbrida plug-in (4xe), que marcará o início da eletrificação da marca em nosso mercado.
FICHA TÉCNICA
NOVO JEEP RENEGADE TRAILHAWK T270 FLEX 4×4 AT9
Preço básico: R$ 185.000*
Carro avaliado: R$ 185.000*
Emissão de CO2: 124 g/km
Com etanol: zero
Nota do Inmetro: B
Novo Jeep Renegade Traiawk T270 Flex 4×4 AT9
Motor: quatro cilindros em linha 1.3, 16V, comando continuamente variável de tempo e abertura (MultiAir), injeção direta, turbo
Cilindrada: 1332 cm3
Combustível: flex
Potência: 180 cv (g) e 185 cv a 3.750 rpm (e)
Torque: 270 Nm a 1.750 rpm (g/e)
Câmbio: automático sequencial, nove marchas
Direção: elétrica
Suspensão: MacPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores com geometria triangular e barra estabilizadora (d) e McPherson com rodas independentes, links transversais/laterais e barra estabilizadora (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: 4×4
Dimensões: 4,268 m (c), 1,805 m (l), 1,712 m (a)
Entre-eixos: 2,570 m
Pneus: 215/60 R17
Porta-malas: 320 litros
Tanque: 55 litros
Peso: 1.643 kg
0-100 km/h: 9s9 (g) e 9s7 s (etanol)
Velocidade máxima: 200 km/h (g) e 202 km/h (e)
Consumo cidade: 10,2 km/l (g) e 7,2 km/l (e)*
Consumo estrada: 11,7 km/l (g) e 8,3 km/l (e)*
Nota do Inmetro: C*
Classificação na categoria: B (Utilitário esportivo grande)*
*estimado
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