30/09/2022 - 11:30
Vale a pena comprar um Hyundai Tucson usado? O modelo chegou ao Brasil importado da Coreia do Sul em 2005 e, após um estrondoso sucesso de vendas, passou a ser fabricado pelo Grupo CAOA em Anápolis (GO) em 2010. Com leves mudanças, manteve-se praticamente inalterado ao longo dos anos e conviveu com os “irmãos” ix35 e New Tucson, sendo descontinuado apenas em 2018.
Mesmo fora de linha, o Hyundai Tucson usado serve como uma opção aos consumidores em busca de boa amplitude interna e manutenção descomplicada – e conta com ampla oferta de peças, resultado dos 13 anos de mercado. Segundo a tabela Fipe, um Tucson 2.0 Flex modelo 2018 custa pouco mais de R$ 77.000.
Desenvolvido na mesma plataforma do sedã Elantra, o modelo oferece porte e dimensões maiores que as dos SUVs compactos, assim como um volumoso porta-malas de 528 litros. O motor 2.0 pode ser combinado ao câmbio manual de cinco marchas ou ao automático de quatro, produzindo até 146 cv de potência e 192 Nm de torque.
Mas a melhor característica do Tucson é não “gostar” de visitas a oficinas. “Ele é um carro parrudo, com manutenção simples e descomplicada”, analisa Luis Carlos, da Shalon Centro Automotivo, em Ribeirão Pires (SP).
Segundo ele, na hora de trocar componentes, a recomendação é optar pelos originais e evitar paralelos, por conta da durabilidade. Quem comprar um Hyundai Tucson usado automático deve substituir o lubrificante da transmissão a cada 40.000 quilômetros, enquanto o óleo do motor 2.0 16V (sintético 5W30) precisa ser trocado a cada 10.000 quilômetros.
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Espaço na cabine e posição de dirigir mais elevada do que na maioria dos SUVs compactos são alguns destaques do Tucson. A central multimídia também agrada
Apesar de todas essas qualidades, um ponto que merece atenção são as suspensões. “Ele é um carro pesado (com 1.550 kg), e os problemas mais comuns aparecem nas bandejas, buchas e bieletas”, diz Luis Carlos.
E o Hyundai Tucson usado também cobra no consumo: “ele é alto no dia a dia, principalmente com o ar-condicionado ligado”, explica a proprietária Regina Borges. Segundo o Programa de Etiquetagem Veicular, o SUV da Hyundai faz apenas 5,0 km/l na cidade e 5,8 km/l na estrada, quando abastecido com etanol, e 7,4 e 8,6 km/l, respectivamente, com gasolina.
“Tinha um Gol G5 e a família cresceu. É o meu primeiro SUV, e comprei tanto pelo espaço interno quanto pela boa dirigibilidade proporcionada pelo motor 2.0, apesar do gasto de combustível alto e do valor elevado das peças de reposição”, diz Julio Cesar de Almeida Filho.
De qualquer modo, nenhum dos proprietários consultados pela reportagem relatou problemas mais graves ou crônicos com o modelo. E, em relação à queixa sobre o consumo, ele de fato é um pouco pior que a média no Tucson, principalmente o automático, mas é uma característica de SUVs, considerando a maior altura do solo, a aerodinâmica e o porte – no caso deste Hyundai, bem generoso.
Hyundai Tucson 2.0 16V Flex AT
Hyundai Tucson 2018 R$ 77.533
Motor: quatro cilindros em linha 2.0, 16V, duplo comando, variação na admissão
Cilindrada: 1975 cm³
Combustível: flex
Potência: 142 cv (g) e 146 cv (e) a 6.000 rpm
Torque: 186 Nm (g) e 192 Nm (e) a 4.500 rpm
Câmbio: automático, quatro marchas
Direção: hidráulica
Suspensões: MacPherson (d) e dual-link (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,325 m (c), 1,795 m (l), 1,680 m (a)
Entre-eixos: 2,630 m
Pneus: 235/60 R16
Porta-malas: 528 litros
Tanque: 65 litros
Peso: 1.550 kg
0-100 km/h: 11s3 (e)
Velocidade máxima: 174 km/h (e)
Consumo cidade: 7,4 km/l (g) e 5,0 km/l (e)
Consumo estrada: 8,6 km/l (g) e 5,8 km/l (e)
Emissão de CO2: 173g/km
Com etanol = 0 g/km
Consumo nota E
Nota do Inmetro: D
Classificação na categoria: E (Utilitário Esportivo Compacto)
Pelo mesmo preço:
Jeep Renegade Sport 1.8 AT 2016: R$ 76.124
Os pontos altos vão para o design da carroceria e o acabamento interno. Contudo, o propulsor 1.8 conectado a transmissão automática de seis marchas produz morosos 132 cv e 19,1 kgfm (com etanol), enquanto o porta-malas possui capacidade para apenas 260 litros. Leia aqui a avaliação completa feita à época.
Honda City EX 1.5 16V AT 2017: R$ 78.668
Sob o capô, o sedã tem motor 1.5 aspirado e câmbio continuamente variável (CVT) para render até 116 cv e 15,3 kgfm com etanol. O consumo é baixo e seu desempenho, condizente à proposta. Já o porta-malas acomoda bons 536 litros. Leia avaliação
VW Polo Comfortline 1.0 TSI AT 2018: R$ 78.464
Com motor tricilíndrico 1.0 e caixa automática de seis velocidades, ele tem 128 cv e 20,4 kgfm. As dimensões são menores que as do Tucson, mas o consumo de combustivel é bem melhor. Seu compartimento de bagagens, por outro lado, tem espaço de apenas 300 litros. Leia a avaliação da época.
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