12/03/2015 - 14:16
Mesmo com o lançamento de um número cada vez maior de carros mundiais, a prática de comercializar ao mesmo tempo um modelo de automóvel de duas (ou mais) gerações diferentes ainda é muito comum, principalmente nos países em desenvolvimento. Conheça nesta reportagem alguns exemplos dos conflitos de gerações na indústria automobilística mundial.
Nem é preciso se esforçar tanto para se lembrar de alguns modelos no Brasil. Um deles é o Palio Fire, baseado na carroceria dos anos 1990 e que frequenta as mesmas concessionárias que o Palio de nova geração, lançado em 2011. Já o Chevrolet Classic é um exemplo interessante. Lançado em 1996, como Corsa Sedã, o modelo já dura mais tempo que o seu sucessor, produzido entre 2002 e 2012. Outro país latino que é pródigo nesta prática é o México. Lá, a VW vende ao mesmo tempo o Clasico (que foi importado como Bora para o Brasil) e o Jetta.
Apresentado em 2002, o sedã médio japonês Mazda 6 já está em sua terceira geração. Mas os chineses acham que ainda vale a vender as três gerações ao mesmo tempo, todas elas produzidas pela montadora local FAW. A principal diferença entre eles (além da mecânica e da aparência) é o preço: o mais velho sai por 129.900 yuans (o equivalente a R$ 64.588), enquanto o mais novo sai por 164.800 yuans (R$ 82.000).
Na África do Sul, país que durante muitos anos produziu o VW Golf de primeira geração junto das versões mais recentes, um dos modelos mais baratos da linha é o Polo Vivo, modelo que é idêntico ao ainda vendido no Brasil. Com preços a partir de 143.800 rands (aproximadamente R$ 36.540), o Vivo é bem mais barato que o Polo mais moderno, que custa 198.600 rands (R$ 50.464).
Mas nem sempre esta prática de produzir duas gerações do mesmo carro é exclusividade das economias emergentes. Ainda que com alguns retoques na dianteira, o Renault Clio de segunda geração (o mesmo vendido no Brasil) saiu de linha na França só em 2012, sete anos depois do lançamento do seu sucessor.