Por Flávio Silveira

Montana foi totalmente renovada. Com a base do Tracker, ela cresceu de tamanho e chegou às medidas da Renault Oroch, baseada no Duster. Ambas ficaram com tamanho bem entre os dois sucessos da Fiat no segmento, Strada e Toro. Será que foi por medo de as encarar diretamente que as posicionaram bem “no meio”? De qualquer modo, uma decisão acertada, estrategicamente. Agora, chega a versão RS, de R$ 149.900 – que, como as demais RS, tem visual esportivo (mas aqui é versão topo de linha).

Por fora, ela se diferencia da opção Premier com sua grade tipo “colmeia”, o logo preto e os detalhes em preto brilhante (mesma cor do rack e dos retrovisores), além de rodas aro 17 e santantônio exclusivos.

Na cabine, o Tracker RS tem volante, painel e bancos com costuras vermelhas e molduras do volante, ventilação e console em preto brilhante, disfarçando o acabamento “popular”.

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A lista de equipamentos é ampla, com monitor de ponto cego, faróis de LED e carregador sem fio, por exemplo. Destaque para a funcionalidade do ar-condicionado automático, ajustável na tela ou por botões, e da central multimídia fácil e completa (mas com um defeito absurdo: a luminosidade. Mesmo no modo noturno, é exagerada: na estrada, desliguei para não incomodar).

No mais, é a mesma Montana, com espaço traseiro limitado e banco com encosto vertical demais e assento curto (serve só a crianças). Já a caçamba é boa em volume e tem tampa com abertura suave, além da capota marítima de série.

Na mecânica, também é igual às demais versões: longe de esportiva, vai a 100 km/h em 12 segundos. Mas o três cilindros, apesar do ruído feio, tem bom torque e garante agilidade em baixas velocidades e consumo moderado: fizemos 9 km/l na cidade e 12 na estrada (com gasolina).

De negativo:
 a tendência moderada a sair de frente,
• o câmbio “indeciso” (faz troca de marchas com trancos ou na hora errada),
 e a pouca progressividade na resposta ao acelerador (primeiro fraca demais, depois forte demais).

O painel ganha costuras na cor vermelha, há logotipos RS espalhados dentro e fora da picape e as rodas têm desenho exclusivo, mas a mecânica é a igual à das demais
O painel ganha costuras na cor vermelha, há logotipos RS espalhados dentro e fora da picape e as rodas (abaixo) têm desenho exclusivo, mas a mecânica é a igual à das demais

Mas o problema é que a Montana RS tem preço de Oroch Outsider e de Toro Endurance – que têm mais espaço traseiro e motores 1.3 turbo de 170 e 185 cv, respectivamente, e 270 Nm (embora essa versão seja pouco equipada).

A novidade da Chevrolet aparece como uma ótima opção, portanto, à versão turbinada da Strada, que, com potência equivalente, sai por
R$ 132.990. Custa mais, porém oferece mais.

(Divulgação)

Chevrolet Montana RS

Preço básico R$ 121.790
Carro avaliado R$ 151.890

Motor: três cilindros em linha 1.2, 12V, duplo comando com variação na admissão e escape, injeção indireta, turbo Combustível: flex Potência: 132 cv (g) e 133 cv (e) a 5.500 rpm
Torque: 190 Nm (g) e 210 Nm (e) de 2.000 a 4.500 rpm
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: discos ventilados (d) e tambores (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,717 m (c), 1,798 m (l), 1,659 m (a)
Entre-eixos: 2,800 m
Pneus: 215/55 R17
Caçamba: 874 litros
Tanque: 44 litros
Peso: 1.310 kg
0-100 km/h: 12 segundos (e)
Velocidade máxima: 180 km/h (limitada)
Consumo na cidade: 11,1 km/l (g) e 7,7 km/l (e)
Consumo na estrada: 13,3 km/l (g) e 9,3 km/l (e)
Emissão de CO2 157g/km
Com etanol = 0 g/km
Consumo nota b
Nota do Inmetro: C
Classificação na categoria: B (Picape Compacta)